Rastreabilidade na mineração, por Eduardo Gama 3b561g

Publicado em 13/12/2021 09:56
Eduardo Gama - Engenheiro de Mineração pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), tem experiência mundial na indústria de exploração mineral e trade finance e já atuou como analista no mercado de trading de commodities minerais. Atualmente, é CEO da Minery e desenvolve soluções inovadoras para o setor de mineração. Natural de Goiânia/GO, vive em Palmas/TO desde 2000, onde já trabalhou na área de mineração do governo e da iniciativa privada.  Tem o sonho de transformar o mercado de mineração por meio da tecnologia e da sustentabilidade.

Você sabe de onde vem os materiais que compõem os itens do seu cotidiano? Elementos como Cobalto e Tântalo te remetem a alguma coisa? Essas são perguntas que geralmente tem um ‘não’ como resposta e esse é um problema grave. 6g3fj

O desconhecimento da origem de materiais que compõem a nossa sociedade permite que situações como a exploração desumana do Cobalto no Congo, do Tântalo no Ruanda e até mesmo do Estanho no Brasil, ainda aconteçam em empresas.

Na última década, diversos países têm criado acordos e leis internacionais visando a redução de consumo de materiais provenientes de zonas de conflitos. Apesar dos esforços, ainda é muito comum que empresas comprem materiais sem saber a origem dos mesmos.

A rastreabilidade se tornou uma necessidade para que a população saiba que os produtos que consomem vieram de produtores legítimos, ou seja, que respeitam tanto as pessoas quanto o planeta.

Sendo assim, a Minery criou um ecossistema de soluções que permite que mineradores que estejam dentro das boas práticas internacionais possam vender suas produções para compradores em qualquer parte do mundo. Do outro lado, compradores poderão fazer compras com segurança e conscientes de que os commodities presentes no nosso marketplace vem de fornecedores qualificados.

E para garantir a procedência dos nossos fornecedores, criamos o Certimine, um processo de certificação pautado na realidade que funciona tanto para o pequeno garimpeiro, quanto para a grande mineradora.

Nosso processo consiste em enviar um técnico para a mineradora, para que ele possa validar pontos como: condições de trabalho, manejo ambiental, impacto nas comunidades vizinhas e vários outros aspectos da operação. Nossa certificação foi construída em cima de normas brasileiras e as principais boas práticas da mineração.

Hoje nós demos um novo o para garantir a rastreabilidade dos fornecedores e commodities negociados dentro do nosso sistema. Anunciamos a implementação dos aportes digitais do Minespider, criado para a rastreabilidade de matéria prima. O aporte tem como objetivo agregar informações através da cadeia, desde certificações como o Certimine, informações, logísticas, análises e quaisquer outras informações que possam garantir a rastreabilidade do produto até o cliente final.

Em outras palavras, é como se a qualquer momento da cadeia de suprimentos, você pudesse pedir o aporte dessa carga e saber exatamente de onde ela veio, por onde ela ou e para onde ela está indo. 

Ferramentas como essa permitem que o consumidor final possa colaborar com a construção de uma cadeia de suprimentos mais sustentável. 

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Por: Eduardo Gama

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