Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela terceira sessão seguida nesta 5ª feira e se aproxima de US$ 1,50/lb yy1y
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira (30), após oscilarem dos dois lados da tabela acompanhando o câmbio e realizando ajustes técnicos. Com esse novo avanço, os vencimentos mais próximos já avançam na casa de US$ 1,50 por libra-peso, o que pode motivar ajustes para baixo. 422p3q
O contrato julho/16 registrou na sessão de hoje 144,10 cents/lb com 125 pontos de alta, o setembro/16 anotou 145,65 cents/lb com 120 pontos de valorização. O vencimento dezembro/16 fechou a sessão cotado a 148,30 cents/lb com 110 pontos positivos, enquanto o março/17 teve 150,75 cents/lb com 100 pontos de avanço.
"Com as recentes altas, o mercado estava sobrecomprado e iniciou um movimento de baixa no início da tarde. No entanto, o câmbio voltou a chamar a atenção do mercado e acabou dando e às cotações", explica o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
O dólar comercial fechou em baixa pelo terceiro pregão consecutivo nesta quinta-feira em meio à ausência do Banco Central no câmbio e a cautela dos investidores em relação ao Brasil. A moeda estrangeira recuou 0,73%, cotada a R$ 3,2133 na venda, menor nível desde 21 de julho de 2015.
Além do financeiro, alguns fatores fundamentais também deram e aos preços externos. "A qualidade da safra tem decepcionado bastante. Porém, o pico da safra está começando agora e isso pode motivar ajustes para baixo. Acredito que a alta está muito pesada para o mercado", pondera Machado.
O clima ficou mais seco nos últimos dias e contribuiu para o avanço da colheita no cinturão produtivo do Brasil. No entanto, linhas de instabilidade voltam ao cinturão e podem causar chuvas dispersas sobre a Zona da Mata de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia até a terça-feira da próxima semana.
As recentes precipitações atrapalharam bastante a qualidade da safra 2016/17, até então vista como uma das melhores dos últimos anos. "Os produtores que conseguiram colher o café cereja descascado, antes das chuvas, o seguram para obter preços melhores", disse ontem (29) o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.
Mercado interno
Os negócios no mercado interno seguem isolados e os produtores atentos à colheita da safra 2016/17. Segundo Anilton Machado, a procura maior neste momento é por cafés mais finos, que estão mais valorizados. No entanto, o café de menor qualidade, impactado pelas chuvas, também tem gerado renda ao produtor, pois substitui o robusta nas indústrias.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 580,00 a saca e alta de 5,45%. A maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e recuo de 0,90%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com desvalorização de 1,97% e saca a R$ 497,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 525,00 a saca e queda 0,94%. A maior variação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2% e saca a R$ 510,00.
Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 498,35 com alta de 1,08%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou praticamente estável nesta quinta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1687,00 por tonelada e queda de US$ 9, o setembro/16 teve US$ 1727,00 por tonelada com avanço de US$ 5 e o novembro/16 anotou US$ 1740,00 por tonelada com valorização de US$ 4.
Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,58 e alta de 0,60%.