Café: Bolsa de Nova York recua pela segunda sessão consecutiva nesta 4ª com Brexit preocupando mercados globais 6g5c35

Publicado em 06/07/2016 17:45

Nesta quarta-feira (6), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva acompanhando as preocupações com a economia global em meio a novidades do Brexit e informações da melhora na colheita da safra 2016/17 do Brasil. Após recuar quase 400 pontos durante a tarde, o mercado reduziu as perdas no fim do pregão e voltou a ficar mais próximo de US$ 1,45 por libra-peso. 3x3l27

O contrato julho/16 fechou o dia cotado a 141,95 cents/lb e o setembro/16 anotou 143,30 cents/lb, ambos com 225 pontos de queda. O vencimento dezembro/16 encerrou a sessão com 146,30 cents/lb com 210 pontos negativos e o março/17 registrou 149,00 cents/lb com 200 pontos negativos.

Os mercados globais voltaram a temer os reflexos econômicos do Brexit – apelido dado à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia – após o Banco da Inglaterra tomar medidas ontem (5) para movimentar a economia britânica. Com a maior aversão ao risco, os fundos acabam liquidando suas posições, o que ajuda a pressionar ainda mais os preços das commodities.

"Haviam compras sendo realizadas por partes dos fundos, mas esse cenário acabou perdendo forças agora," disse um corretor de café londrino para a Reuters.

O dólar comercial fechou esta quarta-feira em alta pelo quarto dia consecutivo. A moeda estrangeira teve valorização de 1,09%, cotada a R$ 3,337 na venda, acompanhando o cenário externo e a volta das intervenções do Banco Central. O dólar mais valorizado em relação ao real dá maior competitividade para as exportações da commodity.

"O viés local se sobrepôs aos mercados externos, onde a divisa dos Estados Unidos tinha leve queda frente às principais moedas emergentes devido à alta dos preços do petróleo. Mesmo assim, preocupações com a opção do Reino Unido por deixar a União Europeia mantiveram os ânimos contidos", reportou a Reuters.

Além do financeiro, que tem impactado bastante as cotações do arábica na ICE esta semana, segundo informações reportadas pela Reuters, a melhora climática tem estimulado melhores resultados na colheita da safra 2016/17 e isso também acaba contribuindo para a queda no mercado.

Segundo a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a colheita de seus cooperados atingiu 34,5% até dia 1° de julho. O que corresponde a mais de um terço da área de abrangência. Nesse mesmo período, em 2015, 21,9% das lavouras tinham os trabalhos concluídos.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil, os tipos mais procurados de café neste momento seguem sendo os de maior qualidade. No entanto, à espera de melhores patamares, os produtores estão reticentes a fazer negócios por ora.

O tipo cereja descascado fechou hoje com maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 565,00 a saca e queda de 1,22%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 1,82% e saca cotada a R$ 560,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 563,00 a saca e recuo de 1,23%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com 2,76% de queda e R$ 494,00 a saca.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca e queda de 1,89%. A maior variação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com recuo de 2,00% e saca a R$ 490,00.

Na terça-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,88 com baixa de 0,23%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta quarta-feira com  queda. O contrato julho/16 anotou US$ 1745,00 por tonelada com queda de US$ 13, o setembro/16 teve US$ 1750,00 por tonelada com recuo de US$ 9 e o novembro/16 anotou US$ 1765,00 por tonelada com desvalorização de US$ 9.

Na terça-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 400,27 com queda de 0,15%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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