Café: Bolsa de Nova York testa reação na sessão desta 3ª após mínimas abaixo de 90 cents/lb 1r96p

Publicado em 14/05/2019 17:01

3c30x

Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (14) com alta de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realiza ajustes depois de recuar forte nos últimos dias, mas também acompanha as oscilações do câmbio.

O vencimento julho/19 teve alta de 135 pontos, cotado a 90,95 cents/lb e o setembro/19 subiu 130 pontos, a 93,30 cents/lb. O contrato dezembro/19 fechou o dia com avanço de 135 pontos, a 96,85 cents/lb e o março/20 teve 100,40 cents/lb e 130 pontos de avanço.

O mercado oscilou entre máxima de 92,60 cents/lb e mínima de 90,00 cents/lb, segundo dados da Investing. Depois de duas sessões seguidas no vermelho e de voltar a ficar abaixo do patamar de 90 cents/lb, os futuros do arábica reagiram tecnicamente e com câmbio.

"Os preços do café arábica se recuperaram nesta terça-feira, assim como o robusta máximas de duas semanas. A força do real em relação ao dólar estimulou uma cobertura de posições vendidas no café arábica, que contribuiu para o robusta", disse o site internacional Barchart.

Às 16h37, depois do fechamento do café na ICE, o dólar comercial registrava queda de 0,14%, a R$ 3,974 na venda, acompanhando a disputa comercial entre China e EUA e o noticiário interno. "Um real mais forte desencoraja as exportações de café", disse o Barchart.

O mercado do arábica recuou nos últimos dias, ficando abaixo de 90 cents/lb, acompanhando as informações da oferta e desenvolvimento da safra 2019/20 do Brasil, que é de bienalidade negativa, mas pode ter produção acima de 50 milhões de sacas, segundo consultorias.

"O mercado ainda está preocupado com grandes ofertas, especialmente do Brasil e a baixa demanda. O país está dominando o mercado...", destacou em informativo nesta semana o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Mercado interno 285ax

Os negócios no mercado brasileiro de café continuam lentos ante os últimos anos, mas sempre ocorrem. "A expectativa é de que a liquidez se eleve em maio, devido à necessidade de caixa e de liberação de espaço nos armazéns para guardar o café novo", disse em análise o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

De acordo com dados levantados pelo centro de estudos da Esalq/USP, o cafeicultor brasileiro enfrentou nos últimos dias os menores patamares de preço desde 2013. Muitos, inclusive, trabalham com preços de negociação abaixo dos custos de produção. Para o consumidor, no entanto, o produto continua caro.

Na segunda-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 380,66 e queda de 0,47%.

» Clique e veja as cotações completas do café

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 236gw

Colheita de café do Brasil atinge 20% do total e se aproxima da média, diz Safras & Mercado
Nova safra de café robusta consolida os preços mais baixos no fechamento da sessão desta 6ª feira (30)
Expocacer adota gestão preventiva para driblar os gargalos logísticos dos portos brasileiros
Colheita de café na Alta Mogiana segue lenta, com produtores aguardando melhor maturação do grão
Mapeamento de qualidade de café auxilia cafeicultores na identificação de cafés especiais no Cerrado Mineiro
ICE mudará precificação de contratos de café arábica para toneladas métricas
undefined