Café: terça-feira encerra com leves altas para os futuros na Bolsa de NY 68h57

Publicado em 20/08/2019 17:24
Possibilidade de queda na safra brasileira sustentou os preços, que foram pressionados por câmbio e exportações do BR

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Da mesma maneira com que começaram o dia, os vencimentos do café arábica encerraram a terça-feira (20) operando próximos da estabilidade. Durante o dia os futuros oscilaram para cima e para baixo e fecharam o pregão acumulando valorizações entre 30 e 45 pontos na Bolsa de Nova York.

O contrato Setembro/19 teve alta de 30 pontos, a 91,45 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a valorização foi de 45 pontos, a 95,25 cents/lb. Março/20 acumulou ganho de 40 pontos, a 98,80 cents/lb e Maio/20, elevação de 40 pontos, a 101,20 cents/lb.

Esses números representaram ganhos de 0,33% para o setembro/19, 0,47% para o dezembro/19 e de 0,41% para o março/20, com relação ao fechamento da última segunda-feira (19).

“Os relatórios indicam que os rendimentos não são realmente fortes e que a qualidade da cultura é fraca devido ao clima extremo visto no início da estação de crescimento. As ideias são de que o recente congelamento não prejudicou a safra atual, mas poderia levar a menos produção para a próxima safra”, aponta o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville.

De acordo com o analista, o Vietnã também está relatando rendimentos mais baixos para a safra atual, já que o clima não era bom para a floração no início do ano. “Houve alguns períodos quentes e secos que prejudicaram o rendimento e a qualidade dessas culturas também”.

Apesar desse movimento, os futuros de café arábica caíram para uma nova baixa de quase três meses ao longo desta terça-feira, prejudicada pela oferta global abundante e uma moeda fraca no Brasil, conforme aponta a analista Sandra Boga, do IEG Vu.

O índice de exportações brasileiras de café também pressionou as cotações durante o dia. Uma pesquisa da Marex Spectron prevê exportações brasileiras de café de 3,4 milhões de sacas que trariam as exportações brasileiras de café nos primeiros dois meses da safra 2019/20 para um recorde de 6,8 milhões de sacas, um aumento de +650.000 sacas acima do recorde anterior no ano 2014/15

Mercado Interno

No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado negativo das cotações.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 457,00 – com desvalorização de 0,65%. A maior queda registrada aconteceu em Lajinha/MG, 1,18% e preço de R$ 420,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha/MG, com saca a R$ 425,00, com valorização de 6,25%, a maior oscilação registrada. Já a maior queda aconteceu em Franca, 2,44% com a saca a R$ 400,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Varginha/MG com saca a R$ 410,00 e movimentação de 3,30% positiva. A maior queda registrada foi em Franca/SP, 2,50%, e R$ 390,00 a saca.

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira:

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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