Maior estimativa de safra do café robusta derruba os preços em Londres na manhã desta 4ª feira (21) 205c4q
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Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (21). O mercado segue volátil, pressionado pelas projeções mais favoráveis de produção para a safra brasileira 2025.
O USDA divulgou essa semana que diante de condições climáticas adversas ao longo de 2024, especificamente em Minas Gerais, o desenvolvimento dos frutos do café arábica foi prejudicado e a produção da variedade está estimada em 40,9 milhões de sacas, contabilizando uma redução de 6,4% em relação à safra anterior. Já para a safra de robusta, o Departamento projetada em 24,1 milhões de sacas, 15% acima dos 21 milhões projetados em 2024. A produção total de café do Brasil está estimada então em um total de 65 milhões
de sacas de para essa temporada, o que equivale um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior. O USDA prevê também que produção do Vietnã aumente para 31 milhões de sacas.
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De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, mesmo com as projeções mais otimistas da produção brasileira, seguimos com um cenário tão apertado como o atual no novo ano-safra que começará em julho. "Nossos estoques de agem no final de junho serão historicamente baixos, e os maiores números de produção lançados no mercado apontam para uma safra 2025/2026 com tamanho próximo ao da atual safra 2024/2025. O equilíbrio precário entre produção e consumo global vai continuar no ano-safra25/26", completou o documento.
Informações da Hedgepoint apontam que a colheita do Brasil é fundamental para o mercado, já que o país responde por cerca de 40% do comércio global. Os estoques nos países consumidores estão se esgotando, pois os processadores compraram apenas o necessário em meio ao aumento dos preços. "Alguns agricultores podem optar por esperar um pouco mais antes de aumentar o ritmo da colheita, dando mais tempo para a maturação, já que estão bem capitalizados", disse a analista de café da corretora, Laleska Moda. Ainda segundo a empresa, há uma estimativa de que os agricultores brasileiros tenham colhido 7% da safra até o momento, abaixo da média histórica de 10% para esta época do ano. A colheita do robusta atingiu 11%, enquanto a do arábica está em apenas 4%.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com alta de 35 pontos no valor de 369,65 cents/lbp no vencimento de maio/25, um aumento de 10 pontos negociado por 366,50 cents/lbp no de julho/25, e um ganho de 20 pontos no valor de 361,55 cents/lbp no de dezembro/25.
O robusta registrava queda de US$ 70 no valor de US$ 4,878/tonelada no contrato de maio/25, uma baixa de US$ 16 no de julho/25 e novembro/25 no valor de US$ 4,887/tonelada e US$ 4,843/tonelada, e uma perda de US$ 22 cotado por US$ 4,873/tonelada no de setembro/25.