Modelos mostram que retorno da chuva pode acontecer dentro da janela ideal; Inmet monitora condição 5b391n

Publicado em 31/08/2021 10:40 e atualizado em 31/08/2021 11:28
Fase de transição entre as estações está dentro do que é esperado pela climatologia, explica especialista

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Diferente do observado pelo produtor no ano ado, os modelos meteorológicos estão mostrando o retorno gradual da chuva mais cedo em 2021. As informações são de Andrea Ramos, meterologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Em 2020 o ano foi marcado por alta irregularidade das chuvas, baixo volume e elevadas temperaturas, além de um atraso significativo na estação chuvosa, o que trouxe quebra de produção para as mais diversas culturas e em todas as áreas do país. 

Andrea explica que neste ano, no entanto, os modelos já mostram um padrão dentro da normalidade, indicando formação de um corredor de umidade ligando o Brasil de norte a sul no próximo dia 10 de setembro.

"Nós estamos observando que já é um padrão de transição das estações, as chuvas retornando aos poucos, o que é muito diferente do ano ado. Ano ado, nessa mesma época, nós tivemos uma intensa onda de calor e hoje os modelos mostram essa tendência de chuva", explica a especialista. 

De acordo com o modelo GFS, a tendência é de formação de um corredor de umidade a partir do dia 10 de setembro, condições que também são apresentadas em outros modelos como o Europeu, segundo Andrea. Para essa data, o modelo mostra condição de chuva no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, com destaque para São Paulo que deve receber os maiores volumes. 

A tendência é que o sistema avance também para Minas Gerais e áreas do Matopiba, como Tocantins e Maranhão. De acordo com Andrea, o que chama atenção é que após a agem desse sistema, o modelo já sinaliza uma nova frente fria entrando no Rio Grande do Sul no dia 13 e mais um corredor de umidade se formando e pegando boa parte do Centro-Oeste também.

"Ao que tudo indica teremos os primeiros 10 dias de setembro com bastante regularidade de chuva, o que pode favorecer a formação desse corredor", acrescenta. 

Veja a previsão do modelo GFS:

Fonte: Inmet 

Já o modelo Cosmo do Inmet, que mostra as previsões até o dia 7 de setembro, também mostra a formação de nuvens carregadas no Rio Grande do Sul, com precipitação de até 70mm no extremo sul gaúcho. 

"Nosso modelo só vai até essa data, mas também conseguimos observar certa umidade atingindo o noroeste do Mato Grosso no dia 7, o que sinaliza a possibilidade de descida da umidade e a formação desse mesmo corredor apresentado por outros modelos", comenta Andrea. 

A especialista reforça que é importante lembrar que no ano ado as condições climáticas estavam sob influência da La Niña, o que justifica tanta irregulidade no período. "Neste momento nós estamos em neutralidade, mas precisamos continuar acompanhando porque os modelos indicam a chance de La Niña entre novembro e janeiro, e se confirmado podemos ter alterações no regime de chuva novamente", explica. 

Veja a previsão de precipitação no dia 7 de setembro: 

Fonte: Inmet 

A atualização do modelo de previsão estendida, divulgada nesta terça (31) pela istração Oceânica e Atmosférica (NOAA) também mostra condição de umidade para a região Central do Brasil a partir do dia 8 de setembro. 

Até lá, entre os dias 31 de agosto e dia 8 de setembro, o NOAA indica tempo seco para boa parte do Brasil, com chuvas previstas apenas o extremo sul gaúcho. 

A partir do dia 8 o NOAA mostra clima seco em boa parte do Rio Grande do Sul, mas o retorno da umidade para áreas do Brasil Central, além de também indicar a possibilidade de formação de um corredor de umidade na área. 

Veja o mapa de previsão estendida para todo Brasil: 

Fonte: NOAA 

Próximas 24 horas:  6tm56

A agem de uma frente fria por áreas do Sudeste do Brasil favoreceu o aumento de áreas de instabilidade no Centro-Oeste do Brasil. De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde a madrugada desta terça-feira (31) chuvas pontuais são registradas no Distrito Federal e em Goiás, o que deve amenizar as condições de seca e as altas temperaturas em toda área nas próximas 24 horas. 

Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, diz que para o último dia de agosto se mantém a condição de chuvas pontuais no Distrito Federal, Goiás e também no Tocantins. As previsões são as semelhentes as da Climatempo, que indicam a probabilidade de chuvas nas mesmas áreas.

"Sol e calor na Região Centro-Oeste do Brasil, mas algumas pancadas de chuva poderão ocorrer a partir da tarde no norte de Mato Grosso, no norte e leste de Goiás e no Distrito Federal. Choveu nesta segunda-feira, 30, em Brasília, após 75 dias consecutivos sem chuva. O restante do Centro-Oeste a o dia com sol e tempo seco", afirma a consultoria.

Mesmo com a agem da chuva, no entanto, a Climatempo alerta para baixa umidade relativa do ar em algumas áreas do Brasil Central. "Atenção para o ar muito seco, com nível de umidade relativa do ar entre 12 e 20%, no sul de Goiás, no sul de  Mato Grosso, no centro, oeste e norte de Mato Grosso do Sul", complementa. 

Em relação aos volumes de chuvas, o modelo Cosmo mantém as maiores precipitações para a faixa leste do Brasil, com destaque para o Espírito Santo e Rio de Janeiro, onde o acumulado pode ultraar os 70mm nas próximas 24 horas. A tendência é que as áreas de instabilidade avancem com mais intensidade para Minas Gerais e também para Bahia. 

Veja o mapa de previsão de precipitação nas próximas 93 horas: 

Fonte: Inmet


Florada 2021 por Léo Gardingo em Matipó-MG


A cantora mirim Amandinha#, no pé da serra da Ibitiuruna, município de Nova Resende-MG. Mostrou em uma foto o momento de esperança @amandinhavlogoficial
 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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