Principal rodovia de o a Paranaguá é parcialmente liberada 1d2d3h

Publicado em 30/11/2022 17:21

Por Roberto Samora e Rafaella Barros 6n6w2k

SÃO PAULO (Reuters) - A BR-277, principal via de o ao Porto de Paranaguá, foi parcialmente liberada na tarde desta quarta-feira após um deslizamento de terra no início da semana, potencialmente permitindo o retorno do tráfego de caminhões na estrada e a retomada do fluxo de cargas a um dos principais polos de exportação de commodities agrícolas do Brasil.

Com a rodovia interditada desde a noite de segunda-feira, quando o deslizamento foi registrado, o porto vem operando com limitações na recepção de cargas, embora o ramal ferroviário operado pela Rumo tenha sido liberado na véspera, após uma interrupção decorrente dos efeitos da chuva intensa.

A rodovia BR-277 ou por limpeza e melhorias, sendo liberada inicialmente em pista simples do km 39,5 ao km 42, tanto no sentido Curitiba–Paranaguá quanto no sentido Paranaguá–Curitiba, segundo o Centro de Operações do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

Um grande volume de terra e vegetação deslizou sobre a principal via de o aos portos de Paranaguá e Antonina. Na BR-277, não há informações sobre vítimas nesse local, mas em outra rodovia, a BR-376, no litoral do Estado, duas mortes foram confirmadas e o Corpo de Bombeiros continua trabalhando em busca de mais vítimas que possam estar sob a terra.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a estimativa inicial é que 30 pessoas estejam desaparecidas na BR-376.

PARANAGUÁ

As operações de embarques em Paranaguá estão sendo realizadas principalmente com estoques, enquanto o porto sinalizou mais cedo que poderia haver dificuldades para prosseguir com o ritmo de exportações a partir de domingo, se a BR-277 permanecesse interditada.

“Se a situação não for normalizada até o próximo final de semana, é muito provável que a partir de domingo e segunda já teremos dificuldade na recepção de cargas para embarque dos navios, em especial do Corredor de Exportação”, afirmou a gerência de comunicação, na manhã desta quarta.

Quase 80% das cargas exportadas por Paranaguá chegam ali por rodovia. A ferrovia responde por uma parcela menor, transportando principalmente açúcar, mas soja, milho e farelos também têm uma participação importante no trecho ferroviário.

Do total de açúcar que chegou ao porto de janeiro a outubro, 78,5% veio por ferrovia; no caso do milho, Paranaguá recebeu em vagões 38,6% do total recepcionado, enquanto 20% dos farelos e soja que chegaram ao local vieram também por via férrea, segundo dados do porto.

No momento, o Brasil está exportando mais milho, após a colheita de uma grande safra do cereal. Os embarques de soja deste ano já foram realizados em sua maioria, e o país agora está no plantio da nova safra. No caso do açúcar, as exportações ainda estão firmes, apesar de a colheita de cana do centro-sul do Brasil estar na reta final.

Conforme relatório do porto divulgado pela manhã, o bloqueio da rodovia estava na altura da praça de pedágio, em São José dos Pinhais (PR), e havia uma fila de veículos com mais de sete quilômetros de extensão.

O Pátio Público de Triagem do Porto de Paranaguá amanheceu com apenas três veículos, disse a istração portuária, citando o reflexo da interdição.

Apesar do baixo fluxo de caminhões na recepção das cargas de granéis sólidos vegetais de exportação –principal segmento operado pelo Porto de Paranaguá–, “ainda não é possível falar em prejuízos”, segundo nota da istração portuária.

O porto ainda divulgou nota rebatendo o que chamou de “fake news”, ressaltando que as operações de embarques e desembarques ocorrem normalmente, apesar do bloqueio nas estradas, segundo o gerente de Operações, Gilmar ner.

“No Corredor de Exportação, por exemplo, são dois navios atracados, um berço em manutenção (são três no total, berços 212, 213 e 214), quatro navios já programados e outros oito aguardam ao largo para a atracação”, disse.

“Para o desembarque de fertilizantes, somente pelo Porto de Paranaguá existem condições de operar cinco navios simultâneos. Hoje, três navios estão atracados; dois aguardam ao largo e outros quatro navios são esperados”, acrescentou.

Segundo o gerente de Operações, não há navios parados nos portos.

“Os poucos navios que estão ao largo e não foram programados se devem ao fato de ainda não terem todo seu plano de carga fechado. O que também é uma situação normal”, explicou.

No Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, de acordo com ner, a espera média é de até 12 dias, “considerado normal para o segmento”. Nos fertilizantes não há espera.

“Não temos nenhum relato de tempos exagerados fora da normalidade. Não há filas de navios e até o momento nenhuma falta de carga em Paranaguá”, garantiu o gerente.

O porto disse que tem adotado medidas para evitar a formação de filas e para atender os caminhões que estão em viagem e perderam os respectivos agendamentos.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS 236gw

Apesar da queda nos preços do petróleo, colheita do milho safrinha deve ser marcada por fretes elevados
Frete tem nova queda em abril com leve recuo de 0,14%, mostra Edenred Frete
Alckmin destaca importância da Ferrogrão para aumentar o escoamento da produção agrícola
Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre
Nova rota entre Ceará e China promete aumentar em 20% as importações
Vports amplia em 70% a capacidade de receber navios Panamax no Porto de Vitória (ES)
undefined