Plantio do milho ganha ritmo na Argentina, mas algumas regiões já tem sinais de déficit 1h4z4z

Publicado em 08/12/2022 14:26 e atualizado em 08/12/2022 15:39

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Nesta quinta-feira (08), a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) trouxe sua atualização de reportes sobre a safra de milho da temporada 2022/23 na Argentina, apontando que o plantio avançou 7,3 pontos percentuais na semana e atingiu 32,7% da projeção de 7,3 milhões de hectares.       

“A incorporação de plantios tardios de milho para grãos comerciais no centro e sul da área agrícola nacional está avançando, aguardando novas chuvas para garantir seu surgimento. Os produtores continuaram a semear lotes de cereais de verão em condições heterogéneas de humidade”.      

A publicação destaca que, a combinação de altas temperaturas e níveis de água ajustados começa a gerar sinais de déficit nas praças mais avançadas de milho destinadas ao grão comercial. “Este panorama ocorre nas primeiras plantações localizadas nas províncias de Santa Fe e Entre Ríos, que atravessam o período crítico”. 

Já o panorama a sul da área agrícola nacional é diferente, onde as chuvas de novembro permitiram melhorar as reservas hídricas e manter o estado da cultura. No norte do país, os produtores aguardam acumular humidade nos perfis para iniciar os trabalhos desta campanha. 

Nos Núcleos Norte e Sul, novas chuvas são necessárias para sustentar a crescente demanda de evapotranspiração. Em direção à província de Córdoba, a incorporação de aproximações tardias avança nos departamentos da província meridional. Nas áreas centro-norte de Santa Fe e centro-leste de Entre Ríos, parte dos primeiros quadrados do cereal está sendo picado devido ao potencial de baixo rendimento projetado. 

No momento, os técnicos da BCBA classificam as lavouras de milho da Argentina com 18% em condições boas ou excelentes, 56% normais e 26% regulares ou ruins. Além disso, 67% da área tem condição hídrica adequada ou ótima e 33% regular ou seca.  

Na semana ada, esses índices eram de 15% boas ou excelentes, 60% médias e 25% ruins. Do lado das condições hídricas, 70% das lavouras estavam como ótimas ou adequadas e 30% com regulares ou secas. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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