Realização de lucros e financeiro pressionam açúcar em NY e Londres nesta 4ª 2rc47

Publicado em 24/11/2021 15:28 e atualizado em 25/11/2021 08:41
Positivamente, mercado segue atento para os temores com a safra nova do BR e dados quinzenais de novembro no CS

3c30x

As cotações futuras do açúcar concluíram a sessão desta quarta-feira (24) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve pressão de realização de lucros e do financeiro, apesar de nova queda de produção no Centro-Sul apontada pela Unica.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,90%, cotado a US$ 19,93 c/lb, com máxima de 20,19 c/lb e mínima de 19,80 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 1,39%, negociado a US$ 511,20 a tonelada.

O mercado futuro do açúcar acabou pressionado na sessão desta quarta-feira com movimento de realização de lucros sendo registrado, após altas expressivas na sessão anterior nos terminais externos. Além disso, houve pressão adicional do financeiro, com câmbio e petróleo.

Depois de alta pela manhã, o petróleo operava na finalização dos trabalhos desta quarta-feira com quedas leves a moderadas. Além disso, i dólar operava em alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pesa sobre os preços externos.

Unica trouxe queda na produção de açúcar na 1ª quinzena de novembro - Foto: Embrapa

Sem muito reflexo ao mercado no dia, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) reportou nesta manhã os dados de moagem de cana-de-açúcar e produção de açúcar e etanol no Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de novembro.

A fabricação de açúcar atingiu 625,6 mil toneladas, ante 1,24 milhão de toneladas verificadas em igual período do ano anterior.

"As empresas que encerraram a safra na primeira quinzena de novembro apresentaram redução de moagem de 15,1% em comparação com os valores registrados no último ciclo agrícola", disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

Seguindo a expectativa, a moagem até o final de março deve superar 520 milhões de toneladas.

Nos fundamentos, há atenção para a nova safra do Brasil e da Índia que está em andamento. "A probabilidade crescente do La Niña (fenômeno climático) pesa sobre a produção do próximo ano (do Brasil). As exportações (da Índia) devem permanecer lentas (em comparação com os anos anteriores, quando o subsídio à exportação ainda existia", disse o Citi.

O banco revisou o preço médio do açúcar para 2022 de US$ 19,5 para 20,3 c/lb, citando o aperto persistente do mercado ao longo da safra de 2022/23.

MERCADO INTERNO

O açúcar voltou a ter repique de baixa no mercado brasileiro, após altas recentes, mas segue acima do patamar de R$ 150,00 a saca.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,62%, negociado a R$ 153,48 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 152,09 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,75 c/lb com alta de 1,79%.

» Clique e veja as cotações completas de sucroenergético

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 236gw

Índia prevê produção maior e preços internacionais do açúcar caem
Açúcar/Cepea: Indicador cai 7% em maio
Açúcar: Preços caem com perspectiva de aumento de 19% na produção da Índia
Etanol e gasolina encerram maio em queda na comparação com abril, aponta Edenred Ticket Log
Mercado do açúcar se recupera, mas ainda opera sob pressão de ampla oferta global
Açúcar fecha em alta nesta 6ª feira (30) mas encerra semana com variação negativa
undefined