Café: Clima afeta pegamento da florada e expectativa é de queda de 10% nesta safra em Araguari (MG) 6t5359

Publicado em 27/04/2018 11:47
Região deverá colher entre 680 a 700 mil sacas de café nesta temporada. Falta de chuvas e altas temperaturas comprometeram o pegamento da florada no mês de outubro. Custos de produção estão mais altos, especialmente com a broca, ferrugem e o aparecimento do bicho mineiro. Saca de café de qualidade é cotada a R$ 460,00 e não cobre os custos.
Cláudio Morales Garcia - Presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari/MG

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Acompanhamento de safra do café com Cláudio Morales Garcia - Presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari/MG 3l3c4v

 

 

As condições climáticas prejudicaram o pegamento da florada do café na região de Araguari/MG. Com isso, a perspectiva é que tenha uma queda de produtividade de 10% nesta temporada.

De acordo com Presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Cláudio Morales Garcia, a colheita do café deve começar em maio, mas a concentração será nos meses de junho a julho. “Nós tivemos uma reunião com a Conab essa semana e não vai ser um safra igual ao ano de 2016. Porém, vamos colher em torno de 700 mil sacas”, afirma.

Por sua vez, o que afetou o desenvolvimento das lavouras foi à falta de chuvas e as altas temperaturas no mês de outubro. “Isso para a florada do café é muito ruim, sendo que as flores estavam queimadas. Já em fevereiro, não tiveram chuvas de grandes quantidades”, destaca.

Por outro lado, não há previsões de precipitações durante a colheita do café na localidade. “Nós somos privilegiados neste sentido, pois na nossa região é muito difícil chover neste período”, comenta.

Nesta temporada, os produtores rurais estão com problemas para combater o aparecimento de pragas, como o bicho-mineiro, a ferrugem asiática e a broca-do-café, que estão prejudicando as lavouras e encarecendo os custos de produção.

Comercialização

Em relação à comercialização, o café fino de qualidade está sendo negociada a R$ 460,00 a saca, sendo que nestes valores não cobrem os custos de produção. “Os produtores ficam muito preocupados com a rentabilidade, ainda mais, quando preço do dólar está nas alturas. A solução é o preço melhorar para os produtores ficarem mais animados para fazer novos investimentos”, finaliza.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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