Produtores de arroz do RS querem a prorrogação das dívidas de custeio e recursos para apoio à comercialização para driblar mercado sem liquidez 536xt

Publicado em 18/05/2015 13:15
Produtores de arroz do RS querem a prorrogação das dívidas de custeio e recursos para apoio à comercialização para driblar mercado sem liquidez
Produtores de arroz do Rio Grande do Sul querem a prorrogação das dívidas de custeio para amenizar os impactos do mercado sem liquidez. A alta de compradores no setor tem pressionado as cotações e produtores pedem medidas de apoio ao governo. Para Henrique Osório Dornelles, presidente da FEDERARROZ, o cenário é diferente do que os agricultores esperavam.
 
 “Hoje o arroz vive baixa liquidez e preços desfavoráveis. Caindo abaixo dos R$ 35,00 a saca, em função do desequilíbrio do produtor na busca por recursos para honrar com os compromissos. Quase 100% por uma falta generalizada de crédito. O arroz irrigado da região do Sul do Brasil que é muito dependente de crédito, está sofrendo com a não liberação para o produtor”.
 
Segundo a FEDERARROZ, o objetivo maior é alongar com os custeios da safra anterior, para aliviar o produtor. “As indústrias, saíram do mercado ou enfraqueceram seus preços dando sinais de que estão tomadas de arroz comprados. Por isso, nós apoiamos uma reivindicação da indústria para subtrair mais recursos, dando mais e ao agricultor”, explica Dornelles.
 
Diante desse cenário, o produtor precisa vender o produto e fazer dinheiro, porque não consegue liberação de crédito. Por outro lado, existe o comprador, também sem crédito precisando de recursos. 
 
“Infelizmente, além do produtor não ter crédito, ele comprou o que foi suficiente e gastou todo o recurso de capital de giro, no entanto, quem paga por esse movimento é o próprio produtor de arroz por causa da comercialização do setor que é mais truculenta”, revela o presidente.
 
Enquanto isso, a próxima safra segue com um movimento de produtores capitalizados, porém com desestímulo ao plantio de arroz. “Vejo que o Brasil fatalmente se continuar nessa baixa liquidez, baixa liberação de crédito e cotações desfavoráveis ao cultivo, irá reduzir significativamente a área de produção do arroz”, desabafa Dornelles.
 
Os produtores foram atendidos quanto à reivindicação de uma política de comercialização, porém, até o momento o arroz segue sem referencia, com preços abaixo do custo de produção, em torno de R$ 38,00 a R$ 42,00 a saca.

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Por: Aleksander Horta//Nandra Bites

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