Milho: Mercado brasileiro ainda vê bons preços e avanço das vendas com dólar forte 5o4n10
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago, nesta terça-feira (17), fecharam o dia com expressivas baixas de cerca de 8 pontos entre as posições mais negociadas. O mercado internacional do grão operou durante toda a sessão em campo negativo mas foi, ao longo do dia, ampliando suas baixas. 3l484h
Paralelamente aos já conhecidos fundamentos, as cotações do cereal foram pressionadas, segundo analistas, pela notícia de que a China teria comprado 600 mil toneladas de milho da Ucrânia, migrando sua demanda do produto norte-americano para outras fontes de fornecimento.
"As notícias de que a China estaria comprando milho da Ucrânia este ano exerce uma pressão negativa sobre os preços e isso veio seguido de baixas no mercado de ações", explica o analista de mercado Bob Burgdorfer, também editor do site norte-americano Farm Futures.
Além disso, há rumores, segundo agências internacionais, de que o produto norte-americano estaria menos competitivo entre os compradores chineses desde que os fornecedores dos EUA aram a pedir que os compradores arcassem com os custos do risco potencial de milho transgênico.
Para o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar, os preços devem continuar caminhando de lado, sem muita volatilidade ou oscilações mais expressivas dada a falta de novidades mais fortes que movimentem esse mercado. "Por enquanto, não parece que teremos notícias tão importantes, a não ser no final do mês, com as primeiras projeções da safra 2015 (dos EUA). Até lá, o mercado deve continuar sentindo um pouco de pressão, mas a intenção é não ceder tão forte para ver o que poder vir para frente, o aumento ou não aumento da área nos EUA e, mais adiante, as questões climáticas", explica.
O consultor acredita que o país deverá apresentar um aumento na área da oleaginosa entre 2 e 4%. "Eu acho que o produtor americano vai preferir aumentar um pouco a área de soja e diminuir a de milho em função da relação de preços entre os dois", diz.
Mercado Brasileiro
No mercado brasileiro, o foco continua sendo sobre a movimentação do dólar e os preços em reais remuneram bem o produtor e estimulam um avanço da comercialização. A tendência da moeda norte-americana ainda é de alta, então, "o fator principal das próximas semanas, e talvez meses, não será Chicago, mas a questão da taxa de câmbio, que vai determinar os níveis de preços pagos ao produtor no interior", afirma Cachia.
O consultor afirma ainda que muitos negócios têm sido efetivados com o milho safrinha para o segundo semestre e o produtor deve continuar aproveitando essa indicação de demanda, participando das vendas. Além disso, há alguns meses, o que se observava eram preços bastante depreciados neste mercado interno.
No porto de Paranaguá, nesta segunda-feira, o dia fechou com o milho valendo R$ 29,50 por saca, estável em relação ao dia anterior. Nas praças principais de comercialização, as cotações apresentaram estabilidade, com exceção de Jataí, em Goiás, onde foi registrada uma baixa de 0,38% para R$ 21,25 por saca.
0 comentário 176t6r

Com físico e futuro desalinhados, mercado do milho na B3 tem novo dia de baixas intensas nesta 4ª

Radar Investimentos: plantio do milho nos EUA está praticamente concluído

Milho: Em 3ª feira de intensa volatilidade, preços retomam fôlego e fecham com mais de 1% de alta na B3

Milho a a operar em campo misto na B3, enquanto Chicago segue recuando nesta 3ª feira

Milho registra novas e boas altas na B3 nesta 3ª, apesar de recuo do dólar e colheita da safrinha

Radar Investimentos: mercado de milho permaneceu travado nesta segunda-feira no Brasil