Acordos extrajudiciais garantem desapropriação de áreas quilombolas em SC 153p41
Autorizações concedidas pela Advocacia-Geral da União (AGU) viabilizaram a celebração de dois acordos extrajudiciais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com particulares para desapropriação de imóveis rurais inseridos no Território Quilombola Invernada dos Negros, em Santa Catarina. 5p3f64
Esses são os primeiros acordos celebrados nesse tipo de desapropriação para fins de regularização fundiária. Não sendo necessária, assim, a utilização da via judicial.
O Incra instaurou processos istrativos de desapropriação em que foram elaborados laudos de vistoria e avaliações de imóveis. Os proprietários foram notificados sobre a possibilidade de encerrar os processos na via istrativa.
Após a concordância dos proprietários com os valores, os processos recebidos pareceres conclusivos da Procuradoria Federal Especializada junto ao Incra e foram enviados para a Procuradoria-Geral Federal (PGF), que possui competência para autorizar acordos relativos a autarquias e fundações públicas. A PGF, então, autorizou a formalização das conciliações após a análise da plausibilidade jurídica, de previsões técnicas, operacionais e econômicas dos acordos, entre outros.
A procuradora-chefe do Incra, Maria Rita Reis, ressaltou que a iniciativa resultado da diretoria da AGU em buscar a consensualidade e a desjudicialização na implementação das políticas públicas. "A realização de acordos para obter a regularização fundiária de territórios quilombolas garante que a comunidade tenha o imediato ao território, com a dívida segurança jurídica. Evita-se, assim, o ajuizamento de desapropriações cujo tempo de conclusão pode levar décadas", explica. Os acordos foram assinados na última quinta-feira (4/10). Agora, serão assinadas as escrituras e realizados os registros no Cartório de Registro de Imóveis.
Comunidade
A Comunidade Quilombola Invernada dos Negros é descendente de pessoas escravizadas, que habita uma região, localizada entre os municípios de Campos Novos e Abdon Batista, desde o século XVIII. Em 1877, a Comunidade recebeu, por herança, as terras em que trabalhavam. Contudo, no decorrer dos anos, em virtude da ausência de documentos de regularização fundiária, o território foi impedido e ocupado por terceiros. Segundo o Censo de 2022, a Comunidade é atualmente composta por 510 pessoas e 84 famílias.
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