Plantio nos EUA e petróleo pesam para milho recuar mais de 3% em Chicago nesta segunda-feira 4t546j
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A segunda-feira (05) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando fortes movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT), registrando recuos de mais de 3%.
De acordo com a análise de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, o principal fator de pressão nas cotações segue sendo o bom desempenho inicial da nova safra dos Estados Unidos, que tem condições climáticas positivas para o plantio, que deve ar de um quarto do total ainda nesta segunda-feira.
Outro fator apontado por Rafael é a manutenção da Guerra Tarifária entre EUA e China, o que deixa o mercado em como de espera e traz sentimento negativo para as futuras comercializações.
Os analistas da Agrinvest acrescentam ainda que, a forte desvalorização do petróleo também acaba colocando pressão sobre o milho na CBOT, depois de que a OPE+ anunciou no final de semana que irá aumentar a produção de petróleo a partir de junho de 411 mil barris por dia.
“A maior oferta de petróleo deve manter a commodity energética em uma tendência de queda. Falam que o Brent pode voltar a trabalhar em níveis na faixa de US$ 50 por barril”, aponta a consultoria.
O vencimento maio/25 foi cotado à US$ 4,46 com desvalorização de 14,75 pontos, o julho/25 valeu US$ 4,54 com perda de 14,75 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,32 com baixa de 7,25 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,43 com queda de 7,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (02), de 3,20% para o maio/25, de 3,14% para o julho/25, de 1,65% para o setembro/25 e de 1,61% para o dezembro/25.
Mercado Brasileiro 8456u
A segunda-feira também foi negativa para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 65,75 e R$ 75,19, com recuos de até 2,45%.
Roberto Carlos Rafael aponta a pressão vinda do cenário internacional com um dos fatores responsáveis por essa queda, já que as cotações de Chicago impactam diretamente nos preços de exportação, com o Porto de Santos girando em torno de R$ 70,00 a saca para embarques em agosto e setembro.
Do lado nacional, é o desenvolvimento da segunda também é fator negativo, já que as lavouras estão boas na maior parte das regiões e as projeções de produtividade e produção seguem sendo revisadas para cima.
O analista destaca que, os preços chegaram a bater a casa dos R$ 92,00, na paridade de importação, em um momento de incerteza sobre o plantio e de fretes elevadas com a colheita da soja. Porém, depois disso, os preços recuaram e hoje estão entre R$ 79,00 e R$ 80,00 na praça de Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 75,29 com queda de 1,80%, o julho/25 valeu R$ 65,75 com desvalorização de 2,45%, o setembro/25 foi negociado por R$ 66,72 com perda de 1,16% e o novembro/25 teve valor de R$ 69,17 com baixa de 2,16%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também caiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP.
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