Ministra diz ser impossível Brasil receber fertilizantes da Rússia durante guerra 511g5z
3c30x
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afastou completamente nesta quinta-feira qualquer possibilidade o Brasil receber fertilizantes de Rússia e Belarus, dois grandes exportadores para o país, enquanto durar a guerra provocada pela invasão russa à Ucrânia.
Segundo ela, não há condições viáveis para o pagamento e o transporte dos produtos mediante as diversas sanções impostas à Rússia e a Belarus pela invasão militar. O Brasil, que importa cerca de 85% do seu consumo de fertilizantes, sofre maior dependência do potássio, de acordo com a ministra.
“O que nós temos no momento é uma suspensão deste comércio porque nós não temos como pagar esses produtos e também nós não temos navios, nem seguro para esses navios para poder carregar esses fertilizantes do mar Báltico e Negro”, explicou a ministra, que participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
“Eles não fizeram a suspensão (do fornecimento), é o problema da guerra. Então, enquanto ela estiver acontecendo… é totalmente descartada a possibilidade de a gente receber fertilizantes daqueles dois países, tanto da Bielorrúsia (Belarus) quanto da Rússia”, afirmou.
A ministra voltou a comentar sobre o plano nacional de fertilizantes a ser lançado no fim deste mês e disse esperar, com isso, atrair investimentos para o setor. Lembrou, ainda, que a questão dos fertilizantes deve impactar nos preços de alimentos no Brasil e no mundo.
Bolsonaro fez menção na live a projeto de lei em tramitação no Congresso que permite a exploração mineral em reservas indígenas e voltou a citar como exemplo a Foz do Rio Madeira. O presidente defende a aprovação da proposta usando o argumento de que há risco de desabastecimento de fertilizantes no Brasil por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Problema com fertilizantes não é só a Rússia, mas impacto em preços”, afirmou, acrescentando que o país não precisaria importar esses insumos se tivesse enfrentando essa questão anteriormente.
“Um país que é dependente pode sofrer sérias consquências”, afirmou.
Segundo a ministra da Agricultura, o Brasil tem estoques de fertilizantes até outubro, época em que se intensifica o plantio da safra de grãos de verão, o maior do país.
O país importa cerca de 85% do seu consumo de fertilizantes, incluindo potássio, que enfrenta um “gargalo” maior em função do conflito e de sanções ocidentais a Belarus, importante produtor. No caso dos potássicos, as compras externas do país somam 96% do consumo.
2 comentários 4yb6u

Brasil livre da febre aftosa traz desafios para a defesa agropecuária, avalia Anffa Sindical

Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado

Índia reduz imposto de importação sobre óleo vegetal

Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio"

CMN autoriza prorrogação de dívidas para produtores rurais gaúchos

ANDA debateu regulamentação de bioinsumos
Carlos Norberto 05/03/2022 18:43 66173m
TEMOS UMA DAS MELHORES MINISTRAS NESTE CAMPO,ALIÁS, NESSE CAMPO SEMPRE FOMOS BEM ISTRADOS, O QUE NÃO ACONTECE EM OUTROS SETORES, POR EX: TEMOS RESERVAS MAS NÃO PODEMOS USAR, O PT-COMEÇOU UMA OBRA PARA ISSO E PAROU, OU MELHOR VENDERAM PARA RUSSIA, PAM A RAPOSA DENTRO DO GALINHEIRO. E O PIOR QUE ESSA MESMA CAMBADA QUEREM VOLTAR. A RUSSIA PRODUZ MAIS QUE O BRASIL, É MAIOR EM EXTENSÃO, MAIOR EM INTELIGÊNCIA, MAIOR NO ARSENAL ATÔMICO, MELHOR NA DIPLOMACIA, ENFIM, AINDA BEM QUE O BOZO NÃO SE UNIU COM O COMEDIANTE.
Jarel Areomar 04/03/2022 10:07 4o1s39
Claro que tem gente que entende deste assunto muito mais que eu, mas não poderia o governo negociar uma troca com a Russia? X toneladas de soja por Y toneladas de fertilizante? Mandamos um navio daqui com bandeira brasileira e faz-se a troca pelo porto de Vladivostoque (que nao esta bloqueado).
ps: soja eh so um exemplo, pode ser outra commoditie que eles demandarem.