Exportando mais de 90% da produção de arábica, Colômbia justifica queda nos embarques com baixa demanda dos EUA e Europa 6d1l1v
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Se recuperando dos desafios climáticos, a Colômbia encerrou 2023 com a produção de 11,3 milhões de sacas de café arábica. O volume representa alta de 2% em relação aos últimos três anos de quebra no país vizinho. Deste montante, entre 92 e 95% é exportado ao mercado internacional, de acordo com Gustavo Gómez Montero, presidente da Associação dos Exportadores de Café Colombianos (Asoexport). A informação foi divulgada recentemente pela imprensa local.
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De acordo com os dados da Asoexport, os Estados Unidos correspondem por 42% dos embarques. Atualmente, as empresas que fazem parte da Associação representam 75% do volume produzido no país vizinho, enquanto entre 17% e 19% são representados pela Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC).
"Na Colômbia exportamos principalmente café verde, mas também está aumentando o segmento de café industrializado, que necessita de aproximadamente 2,5 milhões de sacas para o país e para exportação de café processado, porém, as exportações deixam uma disponibilidade de apenas 500 mil sacas. Por outras palavras, não há capacidade ou produção suficiente para absorver a procura da indústria e os estrangeiros estão dispostos a pagar mais", afirma a publicação.
A Colômbia também se prepara para uma intensa renovação do parque cafeeiro. Os números mais recentes mostram que o objetivo é de mudança em pelo menos 10% da área de cultivo, o que representa algo entre 80 e 90 mil hectares. "É importante que essas estratégias continuem para que a produtividade do parque cafeeiro seja mantida", afirma.
Do lado da produção, os números mostram que mais de 500 mil famílias ainda dependem da produção de café no país, sendo estimada a geração de cerca de 2 milhões de empregos. Os dados mais recentes da FNC mostraram queda nas exportações da Colômbia em comparação com 2022.
"Por exemplo, se compararmos o acumulado entre Janeiro e Setembro de 2023 com o mesmo período de 2022, a queda nas exportações foi de 13 por cento. amos de 8,5 milhões de sacas para 7,4 milhões, o que é uma queda significativa", afirma. Atualmente o café da Colômbia chega a mais de 100 países. Depois dos Estados Unidos, os principais compradores são União Europeia e Ásia.
Além da quebra na produção, consequência dos últimos anos de La Niña, o presidente afirma que a queda também se justifica devido à menor demanda, chamando atenção para importantes compradores como Estados Unidos e Europa. "As pessoas têm menos poder de compra e têm de começar a decidir quais os produtos básicos que podem ter. E no caso do café, as pessoas estão começando a reduzir o consumo de café de qualidade e começando a migrar para um café mais padronizado", afirma.
COMPRAS DO BRASIL
A crise dos últimos anos também resultou em uma parceria entre Colômbia e Brasil. Segundo lideranças do país vizinho, o café do Brasil ou a ser uma opção para atender a indústria local. Entre 2021 e 2022, auge da crise do La Niña, a Colômbia importou números acima de dois milhões de sacas do Brasil.
Em 2023, apesar da queda na importação, o país vizinho continuou aparecendo entre os principais compradores de café provenientes do Brasil. De acordo com dados oficiais do Conselho dos Exportadores de Cafés do Brasil (Cecafé), a Colômbia aparece no ranking de 10 principais destinos, com a compra de 1.120.537 de sacas.
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ROBUSTA NA COLÔMBIA
Há alguns anos o mercado de café vem observando o interesse da Colômbia em encontrar formas de driblar os imes climáticos. Entre as ações, surgiu recentemente o interesse pelo cultivo da variedade robusta. O presidente destaca que apesar de se tratar de um modelo de negócio completamente oposto ao do arábica, a variedade pode trazer novas oportunidades para o cafeicultor.
"Essa variedade tem outra peculiaridade, enquanto o café Arábica pode ser plantado a mais de 1.200 metros de altitude, o café Robusta é para áreas quase ao nível do mar e áreas planas. O que se faz ali é expandir a fronteira agrícola em áreas como o Caribe, nas Planícies Orientais ou em Tumaco, no Pacífico. Ampliando a fronteira agrícola poderíamos ter maior produção e de alguma forma também suprir o consumo nacional", afirma.
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