BR suspende embarques à China por causa da vaca louca sem necessidade, diz Ênio Marques 5a4j70
3c30x
O caso atípico da vaca louca, conforme confirmação do Brasil à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, da sigla em inglês), tem gerado movimentação em Brasília nesta segunda (3) entre líderes das principais entidades do setor de frigoríficos, inclusive com a confirmação de que estão suspensos os embarques para a China desde o dia 31, segundo documento assinado pelo Departamento de Inspeção de Saúde Animal distribuído ao mercado há pouco (veja ao final).
Para Ênio Marques, responsável brasileiro na do acordo com os chineses, a suspensão não procede. "A China na minha opinião não pode fechar mercado por esse caso. O Brasil decidiu como medida cautelar", explica Marques, que firmou o acordo sanitário com o chineses, no governo Fernando Henrique Cardoso, enquanto secretário de Defesa Sanitária. E depois, em 2011, novamente no posto, quando o acordo foi complementado.
O hoje consultor garante que não há, no âmbito da OIE, essa exigência de suspensão de embarques em caso como esse, atípico, envolvendo animal de 19 anos no Mato Grosso, e "nem nós assinamos isso".
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), assim como a Abiec e Abrafrigo, foram acionadas para esclarecimentos, mas até o momento não responderam. Cyro Penna Jr, presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), diz, no entanto, esperar solução rápida, com a ação que o Mapa está fazendo junto aos maiores compradores de carne brasileira.
"Eu assinei esse acordo e ele está em linha com o que exige a OIE, ou seja, caso atípicos, como a doença atacando um bovino velho, não se pode barrar exportações", afirma Marques, que, naturalmente, não descarta possibilidade de que a China possa estar tentando alguma pressão mesmo não havendo motivo legal para isso.
Relembrando o ocorrido em 2012, em Sertanópolis, Norte do Paraná, quando houve outro caso atípico, e que custou o bloqueio das exportações brasileiras para vários países, Marques lembra que o atraso na comunicação à OIE se deu pelas adequações aos protocolos da encefalopatia espongiforme bovina (BSE).
Mesmo com esse entendimento no marco legal do comércio de carne entre Brasília e Pequim, havendo endurecimento do comprador, o médico veterinário Ênio Marques acredita que o Brasil possa enviar amostrar para laboratórios internacionais habilitados pela OIE para não paire dúvidas, "mesmo que sejam dúvidas improcedentes".
"São poucos os laboratórios mundiais habilitados", informa o consultor, salientando que, em 2012, após o caso atípico do Paraná, o diagnóstico foi confirmado na Inglaterra, país que já havia sofrido com a enfermidade em seu rebanho anos antes.
*Documento expedido pelo Mapa/SDS suspendendo as exportações:
Leia mais: Mapa confirma ocorrência de caso atípico de EEB (vaca louca) no Mato Grosso 1u3q6l
1 comentário 5j4y3

Campo Futuro faz levantamento de custos de produção da silvicultura, avicultura, suinocultura, grãos e aquicultura

Gripe Aviária em granja comercial no RS pode impactar ritmo das exportações de frango e interferir no preço das demais carnes

Marfrig vai incorporar BRF, formando MBRF, com receita de R$152 bi

Pecuária lidera exportações do agro catarinense em 2024, com destaque para carne de frango e suína

Setor de proteínas animais do Brasil vê como positivo o acordo entre EUA e China, trazendo estabilidade temporária

Tilápia/Cepea: Preços sobem em abril, mas oferta elevada limita aumento
Cassiano aozane Vila nova do sul - RS 03/06/2019 16:08 671j27
Bunas, é muito boicote atrapalhando o agropecuarista é boicote em cima de boicote.... Vaca de 19 primaveras, é loca de sem vergonha.