Publicado em 11/11/2016 12:23

Enquanto isso, a moeda norte-americana trabalha com forte alta nesta sexta-feira. Perto das 12h20, o câmbio era cotado a R$ 3,4297 na venda, com valorização de mais de 2%. De acordo com a Reuters, o nervosismo com o governo do presidente eleito nos EUA, Donald Trump, permanece.

Com isso, muitos investidores estrangeiros têm retirado os recursos aplicados em países emergentes, como é o caso do Brasil, ainda segundo dados da agência. Esse movimento acaba pressionando a valorização do dólar frente ao real.

Bolsa de Chicago

Ao longo do pregão desta sexta-feira (11), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 3,25 e 3,50 pontos, por volta das 13h05 (horário de Brasília). O dezembro/16 trabalhava a US$ 3,40 por bushel e o março/17 a US$ 3,48 por bushel.

Sem novidades nos fundamentos, o mercado segue pressionado pela perspectiva de uma grande safra nos EUA, podendo superar 386 milhões de toneladas, conforme última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destacou que as cotações do cereal deverão apresentar ligeiras modificações até o encerramento da colheita nos EUA. "Depois deveremos acompanhar uma retração nas vendas por parte dos produtores americanos", explica. E, diante desse cenário, os preços podem voltar a testar novas altas e, até mesmo, buscar os US$ 4,00 por bushel.

Por outro lado, as perspectivas são favoráveis para a safra de milho da safra de verão no Brasil, segundo destaca o site internacional Agrimoney.com. "Os meteorologistas dizem que as condições do Centro-Oeste do país vai favorecer um viés mais úmido durante os próximos 10 dias. Enquanto, ela não se torne pesada, a precipitação será bem vinda", destaca o analista Tobin Gorey.

Do mesmo modo, a safra da Argentina continua no radar dos investidores também. "Diante do ritmo lento das sementeiras de soja no país, poderíamos acompanhar algumas mudanças de área para o milho", informou o Agrimoney.com.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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