Com físico e futuro desalinhados, mercado do milho na B3 tem novo dia de baixas intensas nesta 4ª 5w5s6
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A volatilidade intensa no mercado de milho continua e a quarta-feira (28) foi um novo dia de baixas intensas para os preços tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago. E no Brasil, mais uma vez, o mercado foi na contramão do dólar, que voltou a subir nesta quarta, depois de algumas sessões consecutivas de baixas. Assim, as perdas entre os futuros na bolsa brasileira foram de mais de 1%, levando o julho de volta aos R$ 63,31 e o o setembro a R$ 64,59 por saca. O janeiro segue trabalhando acima dos R$ 71,00 por saca.
"Há muita oscilação. A B3 está no maior fator de dúvida do operador brasileiro, seja o produtor, a indústria ou especulador, já que é ele, na verdade, que dá liquidez para a bolsa", afirma o analista de mercado e diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes. "Temos a questão da gripe aviária - que ainda está em curso - e paralelo a isso temos o clima, o risco de geada - que era quase uma certeza para o Sul do Brasil, já se reduzindo e vários modelos já retiraram os alertas de geadas para o Brasil, mas as temperaturas baixas ainda continuam - e agora mais um fator que é o mais decisivo neste momento, que é o mercado olhando para o indicador Cepea/ESALQ".
Segundo o analista, o indicador acumulou 26 dias de baixa consecutivos e, na última segunda-feira (26), quebrou esse ritmo, voltando a subir ou ao menos parando de cair. "E aí o mercado ficou sem direção porque a diferença entre Esalq e B3 ainda é grande. Estamos falando de Esalq na casa de R$ 70,00 e a B3 na casa de R$ 64,00", detalha Fernandes. A dúvida agora qual valor irá se alinhar a qual, B3 à Esalq ou Esalq à B3.
Além disso, ele explica ainda que mercado físico não conta com um fator forte de alta agora para a reversão deste movimento de queda. No levantamento do Notícias Agrícolas, os indicadores do cereal no físico têm variado entre R$ 56,00 e R$ 68,00 por saca nas principais praças de comercialização.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, a quarta-feira também foi negativa e os futuros terminaram o dia perdendo entre 3 e 8,50 pontos nos principais vencimentos, levando o julho a US$ 4,51 e o setembro a US$ 4,29 por bushel.
"O milho na CBOT está pesado. Os spreads estão caindo forte com o clima devendo melhorar nos EUA nesta semana - com mais calor e menos chuvas -, o milho brasileiro se mostrando mais barato, e rumores de cancelamento da safra velha. O cancelamento não é uma causa da queda, mas uma consequência. O Brasil está no jogo e a Ucrânia competitiva para os meses de outubro e novembro. Game over para os EUA. Vai ser muito difícil bater a estimativa do USDA de exportação", afirma a equipe da Agrinvest Commodities.
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