Ibovespa ensaia melhora com Petrobras e noticiário dos EUA, mas fiscal mantém desconforto 3g1p4s
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa ensaiava melhora nesta quarta-feira, sustentada principalmente pela Petrobras, enquanto agentes monitoravam a tramitação de medidas fiscais no Brasil e analisavam dados de preços ao consumidor norte-americano, bem como desfecho de negociações sobre comércio entre China e Estados Unidos.
Por volta de 11h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava acréscimo de 0,07%, a 136.532,42 pontos, após recuar a 135.627,75 pontos na mínima até o momento. Na máxima, chegou a 137.016,25 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$5,47 bilhões.
O presidente da Câmara dos Deputados alertou nesta quarta-feira que o pacote do governo para compensar mudanças no decreto que aumentou as alíquotas do IOF enfrentará "resistência" no Congresso. Ele disse que a apresentação de propostas que apenas elevam a arrecadação, sem cortes de gastos, "não funciona".
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, que começou por volta de 10h30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as medidas tributárias encaminhadas pelo governo podem assustar em um primeiro momento, mas defendeu as mesmas para que o "ciclo virtuoso" vivido pelo país seja sustentável.
Na véspera, Haddad disse que não considera as medidas que alteram alíquotas do IOF, anunciadas pelo governo no mês ado por meio de decreto, como um aumento da carga tributária.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês) subiu 0,1% no mês ado, depois de alta de 0,2% em abril, informou o Escritório de Estatísticas do Trabalho do Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. No período de 12 meses até maio, o índice avançou 2,4%, de 2,3% em abril.
Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2% na base mensal e de 2,5% na anual.
"Os dados da I referente ao mês de maio trazem algum alívio em relação à trajetória inflacionária, particularmente por ainda não terem sinalizado pressões advindas da introdução das novas tarifas sobre importação", afirmou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
"Embora a progressão futura da inflação permaneça sendo uma preocupação, esta leitura do I ajuda a reforçar as apostas de que um novo ciclo de corte de juros possa ser iniciado no segundo semestre", acrescentou.
O presidente Donald Trump também afirmou nesta quarta-feira que o acordo dos EUA com a China está concluído, com Pequim fornecendo ímãs e minerais de terras raras enquanto Washington permitirá estudantes chineses em suas faculdades e universidades.
Uma autoridade da Casa Branca disse que o acordo permite que os EUA cobrem uma tarifa de 55% sobre produtos chineses importados. Isso inclui uma tarifa "recíproca" de 10%, uma taxa de 20% pelo tráfico de fentanil e uma tarifa de 25% que reflete taxas pré-existentes.
A China cobrará uma tarifa de 10% sobre as importações dos EUA, disse a autoridade.
Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subia 0,29%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano cedia a 4,442%, de 4,474% na véspera.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN era negociada em alta de 1,53% e PETROBRAS ON valorizava-se 1,24%, favorecida pelo avanço dos preços do petróleo no exterior, na esteira do acordo entre EUA e China. O barril do Brent tinha elevação de 1,87%, a US$68,12.
- SANTANDER BRASIL UNIT avançava 4,06%, com analistas do UBS BB elevando a recomendação dos papéis para compra e o preço-alvo de R$30 para R$38. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,64%, BRADESCO PN ganhava 0,32% e BANCO DO BRASIL ON tinha alta de 0,65%.
- VALE ON cedia 0,19%, mesmo com a alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato de setembro na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 1%, a 707 iuanes (US$98,39) a tonelada.
- GERDAU PN perdia 4,25%, no segundo dia seguido de ajuste negativo, após forte valorização recente. Do começo do mês até a segunda-feira, os papéis tinha subido 16,5%, com expectativas otimistas sobre os reflexos do aumento das tarifas de importação de aço pelos EUA nos resultados da companhia.
- MRV&CO ON subia 4,3%, no quarto pregão consecutivo de valorização e ampliando a recuperação em junho após fechar maio com perda acumulada de 10,6%. O índice do setor imobiliário, contudo, cedia 0,51%.
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