Açúcar bruto perde mais de 1% nesta 5ª feira na Bolsa de Nova York 23562n

Publicado em 14/10/2021 14:41 e atualizado em 14/10/2021 16:48
Mercado do adoçante mudou direcionamento após atingir resistência de US$ 20,01 c/lb durante o dia

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As cotações futuras do açúcar recuaram nas bolsas de Nova York e Londres nesta sessão de quinta-feira (14). O mercado sentiu pressão técnica depois de não conseguir avançar acima da resistência de US$ 20,01 c/lb e segue atento para a demanda.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,36%, cotado a US$ 19,59 c/lb, com máxima de 20,01 c/lb e mínima de 19,48 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou baixa de 0,23%, a US$ 512,90 a tonelada.

O mercado acabou fechando o dia em baixa nas bolsas internacionais, após chegar a avançar expressivamente pela manhã com máximas na casa dos US$ 20 c/lb, mas não conseguiu se sustentar. Também há temores relacionados com a demanda.

O line-up de açúcar do Brasil, programação de embarques pelos portos, por exemplo, caiu para 1,71 milhão de toneladas na semana até 13 de outubro, ante 1,78 milhão de t na semana anterior, segundo dados da agência marítima Williams Brasil.

Também há algum posicionamento mais cauteloso por parte dos produtores nas principais origens produtoras da commodity.

Indicador do açúcar cristal no Brasil saltou mais de 2% na quarta - Foto: Unica

"O maior produtor - o Brasil - não quer se ver excessivamente comprometido com o açúcar como fizeram no ano ado, em parte porque o volume de açúcar a ser produzido e protegido em 2022 novamente parece pequeno", disse em nota a Marex.

Neste início de semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe que a produção de açúcar no Centro-Sul caiu 19% na segunda quinzena de setembro, para 2,31 milhões de toneladas. A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 1,14 bilhão de litros, registrando queda de 18,29%.

"Os revendedores disseram que a queda na produção foi um pouco menor do que o esperado e que o açúcar continua em alta no geral", destacou a Reuters internacional.

No financeiro, esta tarde era marcada por valorização do petróleo, dando algum e ao adoçante nos mercados externos, além de desvalorização do dólar sobre o real, o que tende a impactar as exportações da commodity.

MERCADO INTERNO

Em meio demanda aquecida, mas baixa oferta, o açúcar segue valorizado no Brasil. Como referência, no último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 2,09%, negociado a R$ 147,69 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,14 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,45 c/lb com alta de 0,20%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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