Perspectiva de superávit global pressiona preços do açúcar, apesar de leve recuperação nas bolsas nesta quarta-feira (11) p2h68
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Os preços do açúcar recuaram na terça-feira (11), revertendo os ganhos iniciais, diante da expectativa de oferta global robusta. A Covrig Analytics elevou sua projeção de excedente global de açúcar para a temporada 2025/26 para 4,2 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de 4,1 milhões, divulgada em abril. Essa revisão reforça o cenário de alta produtividade mundial, que tem pressionado os preços internacionais do adoçante nas últimas semanas.
Apesar do contexto desafiador, nesta quarta-feira (11) o mercado mostra sinais de leve recuperação. Em Nova Iorque, o contrato julho/25 é negociado a 16,52 cents de dólar por libra-peso, com alta de 0,24%, enquanto o contrato outubro/25 está cotado a 16,90 cents, avanço de 0,30%. Já em Londres, os preços também operam no campo positivo, com o açúcar sendo negociado a US$ 471,40 por tonelada, registrando valorização de 0,77%. Os traders internacionais acompanham atentamente os sinais de melhora nas perspectivas de oferta na Índia e na Tailândia. A expectativa é que as recentes quedas nas cotações possam atrair novos compradores ao mercado.
No Brasil, maior exportador mundial de açúcar, a desvalorização do produto tem levantado especulações sobre uma possível mudança no mix de produção em favor do etanol, que pode se tornar mais rentável para algumas usinas. No entanto, os próximos números quinzenais da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a serem divulgados nos próximos dias, podem indicar uma produção forte, impulsionada pelo clima seco e pelo ritmo acelerado da colheita de cana.
No mercado interno, os preços do açúcar cristal iniciaram o mês de junho em queda. Segundo levantamentos do Cepea, o ritmo das negociações com o açúcar de melhor qualidade (Icumsa 150-180) segue lento. Entre os dias 2 e 6 de junho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 133,22/saca de 50 kg, recuo de 0,98% frente à semana anterior. No acumulado de maio, o indicador apresentou queda de 7,2%.
Outro fator de pressão no mercado interno foi a maior oferta de açúcar cristal de qualidade inferior, que apresentou liquidez superior. Na última semana, o preço médio desse tipo de produto ficou R$16,00 por saca abaixo da média do indicador principal.
Os dados da Secex, analisados pelo Cepea, mostram que o Brasil exportou 2,257 milhões de toneladas de açúcares e melaços em maio/25, uma queda de 19,6% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado de 2025 (até maio), o país embarcou 9,526 milhões de toneladas, redução de 29,6% frente ao mesmo intervalo do ano ado.
O mercado de etanol também começou o mês pressionado. De acordo com o Cepea, os preços dos etanóis recuaram, sobretudo em regiões mais afastadas das principais bases de distribuição em São Paulo. Foi a quarta semana consecutiva de baixa para o etanol hidratado.
Entre os dias 2 e 6 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado caiu para R$ 2,5492/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), retração de 2,33% frente à semana anterior. Já o etanol anidro recuou 3,65%, cotado a R$ 2,9448/litro (valor líquido de impostos).
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