Ritmo do farmer selling intensifica volatilidade dos prêmios da soja brasileira no FOB e no destino 4h644

Publicado em 09/06/2025 10:00 e atualizado em 09/06/2025 10:59
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest
Brasil ficou menos competitivo mais cedo neste ano, com vendas um pouco mais contidas agora, principalmente em função do dólar mais baixo frente ao real. BR tem pouco mais de 63% vendido da soja 24/25, contra mais de 68% do ano ado.

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Os prêmios da soja brasileira têm estado bastante voláteis, tanto no destino, quanto FOB e parte deste movimento se dá, principalmente, pelo ritmo da comercialização no Brasil, como explica o analista do complexo soja da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta segunda-feira (09). 

"Os prêmios da safra velha estão mais voláteis do que Chicago", diz. "Tivemos uma máxima em março, depois uma forte queda de 40 a 50 centavos, e agora voltando a subir entre 30/35 centavos, oscilando muito mais do que a Bolsa de Chicago. Esse é o novo normal do mercado. Como o Brasil é o mais importante e tem o programa mais longo de exportação, vamos vivendo estes momentos", detalha Vanin. 

Em abril, com o produtor registrando boas oportunidades de negóicos, o farmer selling foi mais robusto e volumoso, porém, o que provocou uma baixa dos prêmios, e já em maio, o volume foi mais contido - abaixo do ano ado - e neste começo de junho o ritmo também é mais contido. 

"Vivemos oscilações que têm a ver com a logística, com Chicago e o mais importante que é o fluxo de venda, se o produtor decide vender ou não (...) Precisamos vender. Nosso farmer selling está em 63%, no ano ado estava acima de 68% e crescendo. No final das contas, essa diferença, se fosse igual ao ano ado, dado o tamanho da safra, seriam 10 milhões de toneladas a mais de soja e faria toda diferença para estes prêmios que subiram agora", explica o analista. 

Assim, daqui em diante, será importante o monitoramento do espaço nos portos nacionais e a competitividade da soja brasileira frente a norte-americana. Brasil ficou menos competitivo mais cedo neste ano, com vendas um pouco mais contidas agora, principalmente em função do dólar mais baixo frente ao real.

Veja a análise completa no vídeo acima.

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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