Ishiba do Japão sinaliza aumento nas importações de milho como parte das negociações comerciais dos EUA 4mn4r
3c30x
TÓQUIO, 12 de maio (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, sinalizou na segunda-feira que aumentar as importações de milho dos EUA estaria entre as opções nas negociações comerciais com Washington, mas alertou que o Japão nunca sacrificaria sua indústria agrícola para obter tarifas automotivas mais baixas.
O Japão fez pouco progresso em duas rodadas de negociações comerciais com os EUA, enquanto busca isenções de tarifas americanas, incluindo uma tarifa paralisante de 25% sobre seus principais automóveis.
Durante a primeira rodada de negociações no mês ado, negociadores americanos mencionaram automóveis e arroz como áreas onde, segundo eles, Tóquio impõe barreiras de mercado.
Concordar em comprar mais milho é uma opção menos controversa para o Japão do que aumentar as importações de arroz, já que o Partido Liberal Democrático (LDP) de Ishiba depende muito do apoio dos produtores de arroz nas eleições.
Falando no parlamento, Ishiba repetiu que o Japão não sacrificará a indústria agrícola nacional em nome de ganhar concessões tarifárias dos EUA para automóveis.
"Ainda assim, o Japão pode usar milho não para consumo, mas para uso como etanol combustível. O uso como biomassa seria do interesse nacional do Japão", disse Ishiba, acrescentando que o solo japonês não é necessariamente adequado para a produção de milho.
"Esperamos aprofundar a discussão sobre o uso do milho para consumo ou energia", disse Ishiba, sem dar mais detalhes.
Os EUA exportaram US$ 2,8 bilhões em milho para o Japão em 2024, para compensar uma queda de 80% nas exportações para a China.
Falando na mesma sessão parlamentar, o principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, disse que não vacilará em sua exigência de que os EUA eliminem todas as tarifas impostas pelo governo Trump.
Os comentários foram feitos no momento em que o Japão busca organizar uma terceira rodada de negociações comerciais bilaterais em nível ministerial no final deste mês, que podem ser influenciadas por um acordo firmado entre os EUA e a China para reduzir tarifas "recíprocas".
O Japão também pode propor oferecer aos EUA cooperação técnica na construção naval, disseram duas fontes com conhecimento das negociações, confirmando reportagens anteriores da mídia nacional.
Os formuladores de políticas japonesas e os legisladores do partido governista disseram que não veem mérito em fechar um acordo com os EUA, a menos que uma tarifa de 25% sobre importações de automóveis seja suspensa, dado o enorme impacto que a indústria tem na economia fortemente exportadora do Japão.
O impacto já é evidente no setor automobilístico japonês. Mazda (7261.T) relatou uma queda de 45,1% nos lucros líquidos do ano fiscal encerrado em março e adiou a divulgação de estimativas de lucros para o ano atual até março de 2026.
Em 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de 10% a todos os países, exceto Canadá, México e China, juntamente com tarifas mais altas para muitos grandes parceiros comerciais, incluindo o Japão, que enfrenta uma tarifa de 24% a partir de julho, a menos que consiga negociar um acordo com os EUA.
Reportagem de Leika Kihara e Makiko Yamazaki; reportagem adicional de Kentaro Sugiyama; edição de Michael Perry
0 comentário 176t6r

Milho: Em 3ª feira de intensa volatilidade, preços retomam fôlego e fecham com mais de 1% de alta na B3

Milho a a operar em campo misto na B3, enquanto Chicago segue recuando nesta 3ª feira

Milho registra novas e boas altas na B3 nesta 3ª, apesar de recuo do dólar e colheita da safrinha

Radar Investimentos: mercado de milho permaneceu travado nesta segunda-feira no Brasil

Milho fecha em alta na B3 nesta 2ª feira, acompanhando leves ganhos do dólar

DATAGRO eleva estimativa da produção brasileira de soja e milho 2024/25