Café: NY dá continuidade às perdas da semana ada nesta 2ª com condições climáticas melhores no Brasil 206l68
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (5) com queda de cerca de 100 pontos e se distanciaram ainda mais do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. O mercado segue repercutindo a melhor na condição das lavouras do Brasil devido às chuvas e o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. O mercado dá continuidade ao movimento de baixa da semana ada quando os preços externos da variedade perderam no acumulado cerca de 7%. cp29
O vencimento março/17 fechou a sessão de hoje cotado a 144,50 cents/lb com 130 pontos de queda, o maio/17 registrou 146,85 cents/lb com 135 pontos de desvalorização. Já o contrato julho/17 anotou 149,00 cents/lb com 135 pontos de baixa e o setembro/17, mais distante, terminou o dia a 151,00 cents/lb com 130 pontos de recuo.
Durante o início dos trabalhos nesta segunda-feira, os preços do arábica até chegaram a subir no terminal externo dando sequência aos ganhos da última sexta-feira (2) diante de movimentações técnicas. No entanto, o lado fundamental voltou a pesar sobre os preços do grão. "Mesmo em um mercado 'sobrevendido', as cotações no terminal nova-iorquino não encontraram força para reverter o quadro de baixa já presenciado nos últimos pregões", afirma o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
São cada vez menores no mercado as preocupações sobre a próxima safra de café do Brasil por conta das recentes chuvas no cinturão produtivo do país. Institutos meteorológicos ressaltam os bons volumes de precipitação em áreas produtoras do grão nos últimos dias, com relatos de chuva acima da média normal para o período. A semana começa com chuvas fortes no Sul do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. Outras áreas recebem precipitações isoladas.
Na semana ada, a corretora Marex Spectron divulgou em relatório que prevê superávit global de 300 mil sacas de 60 kg na temporada 2016/17. "Nós incluímos a liberação de estoques pelo governo brasileiro no balanço, o que deixa um superávit mínimo", disse a Marex à agência de notícias Reuters.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, além da redução da preocupação com o abastecimento na próxima temporada e também a entrada da safra de países produtores, os preços do café no mercado internacional também têm refletido os cenários no mercado financeiro. Nesta segunda, no entanto, o dólar – que impacta diretamente as exportações da commodity – fechou em baixa de 1,24%, cotado a R$ 3,4294 na venda.
Os fundos também têm atuado no mercado do café arábica diante das preocupações cada vez menores com a próxima safra do Brasil. Segundo informações reportada pelo site internacional Agrimoney, eles já teriam cortado mais de 7,6 mil lotes de suas posições mais alongadas, registrando seu nível mais rápido desde o último maio. "A maior parte do movimento é técnico, mas o clima no Brasil está excelente, com boas chuvas, até mesmo nas áreas de robustas que foram, recentemente, castigadas pela seca", informou, em nota o Rabobank.
Mercado interno
Com a queda nos preços internacionais, os negócios no Brasil não ganham ritmo. Além disso, os cafeicultores seguem desinteressados em ofertar café, à espera de momentos mais favoráveis, visto que grande parte da safra já foi comercializada. "Este período já é caracterizado por poucos negócios, muitos produtores deixam suas vendas para o início do ano em função do imposto de renda", explicou em boletim na semana ada Anilton Machado.
O café cereja descascado registrou maior preço no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP), com negócios em R$ 640,00 pela saca e alta de 6,67%. Foi a maior alta no dia dentre as praças de comercialização.
O tipo 4/5 anotou maior valor em Guaxupé (MG) com 586,00 a saca e queda de 1,68%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,50% e saca a R$ 547,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negócios no dia nas cidades de Araguari (MG) – estável, Patrocínio (MG) – estável em Franca (SP) – estável. Ambas com R$ 550,00 a saca. A maior oscilação no dia para o tipo ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 3,27% e saca a R$ 532,00.
Na sexta-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 528,18 com alta de 0,36%.
0 comentário 176t6r

Preços do café recuam nas bolsas internacionais a medida que colheita da safra/25 avança no Brasil

Doenças ameaçam produtividade das lavouras de café para safra/26 em Simonésia-MG

Cooxupé informa colheita de café alcançando 10,1% de área de atuação

Bom ritmo da colheita do café robusta no Brasil derruba os preços na manhã desta 3ª feira (03)

Colheita do café avança no Brasil, mas clima seco preocupa e mercado segue atento na produtividade

Exportações de café na Bahia têm alta de 480% em abril, aponta relatório da Faeb; agro cresceu 32% neste período