BR-163 deve ficar fechada ao menos até sexta-feira, impactando escoamento de soja 3n3136
3c30x
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse que um trecho da rodovia BR-163, que liga o cinturão agrícola do país aos portos do norte, está intransitável e deve permanecer fechado até ao menos sexta-feira, segundo um comunicado na terça-feira.
O trecho da rodovia, entre as cidades de Moraes Almeida e Novo Progresso, no Pará, "está degradado", e ações urgentes foram necessárias para reparar a estrada em cinco segmentos, de acordo com o comunicado.
A interrupção ressalta problemas crônicos de infraestrutura no Brasil, apesar de a participação dos portos do chamado Arco Norte nas exportações de soja e milho do país ter dobrado em oito anos, para 28 por cento do total em 2018, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Os terminais do norte fornecem uma porta alternativa para a Europa, os Estados Unidos e, especialmente, a Ásia, devido à proximidade com o Canal do Panamá.
O Brasil exportou 29,6 milhões de toneladas de soja e milho via portos do norte no ano ado, acima dos 6,1 milhões de toneladas em 2010, segundo dados da Antaq.
No início desta semana, o DNIT fechou um trecho da BR-163 para o tráfego de caminhões entre as cidades de Santa Helena e Guarantã do Norte, em Mato Grosso, maior Estado produtor de soja, até que os trabalhos de reparo em trechos à frente estivessem completos.
Enquanto o lado mato-grossense da rodovia é totalmente asfaltado, trechos da BR-163 no Pará não são. Os fechamentos em Mato Grosso permanecerão até que os problemas à frente sejam resolvidos, disse o DNIT.
Em fevereiro de 2018, caminhões carregados principalmente com soja ficaram presos na altura de Moraes Almeida depois que bloqueios do Exército interromperam o tráfego para limpar a estrada para manutenção e construção.
A BR-163 conecta o cinturão de grãos do Brasil aos terminais fluviais de Miritituba e Santarém, mas obstruções são comuns nesta época do ano, porque as fortes chuvas na região amazônica coincidem com a colheita de soja dos agricultores no Centro-Oeste.
A cada ano, longas filas de caminhões se formam em algumas cidades de Mato Grosso e Pará, devido ao mau estado da BR-163. Produtores de grãos e exportadores dizem que isso compromete a reputação do país como um exportador confiável.
O DNIT disse nesta semana que o governo federal concluirá os trabalhos de pavimentação da BR-163 "até o final de 2019".
Mas as autoridades já haviam prometido terminar o trabalho de pavimentação até o final de 2018 há duas safras atrás, quando cerca de 2 mil caminhões ficaram presos ao longo da BR-163 na estação chuvosa, em fevereiro.
(Por Ana Mano)
0 comentário 176t6r

ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Peru busca reunião de alto nível com China e Brasil para avançar em ferrovia bioceânica

Apesar da queda nos preços do petróleo, colheita do milho safrinha deve ser marcada por fretes elevados

Frete tem nova queda em abril com leve recuo de 0,14%, mostra Edenred Frete

Alckmin destaca importância da Ferrogrão para aumentar o escoamento da produção agrícola

Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre