Operadores de portos do Brasil buscam menores tarifas no Canal do Panamá 3o4m48
3c30x
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - Os operadores portuários brasileiros, incluindo unidades das tradings globais de grãos Cargill e Bunge, irão revelar nesta semana uma proposta para reduzir as tarifas do Canal do Panamá e cortar seus custos de transporte de commodities agrícolas para a China, seu principal mercado.
Eles argumentarão que, sob as atuais tarifas, embarcar grãos dos portos do Norte do Brasil via Cabo da Boa Esperança é quase 206 mil dólares mais barato, em uma base por navio, do que utilizar o Canal, apesar da distância mais curta.
Em um estudo a ser apresentado em uma conferência na Cidade do Panamá na quinta-feira, a associação de operadores privados de portos ATP irá propor a utilização da capacidade ociosa do antigo Canal do Panamá, em vez das enormes e congestionadas novas eclusas, abertas em 2016 para navios da Panamax.
Isso potencialmente cortaria os custos de transporte e encurtaria os tempos de viagem em 4 a 5 dias entre o Brasil, maior fornecedor mundial de soja, e os mercados de China e outros países asiáticos, de acordo com a ATP, da qual Cargill, Bunge, a operadora de grãos brasileira Amaggi e a produtora de celulose e papel Suzano são membros.
Os operadores esperam que sua proposta abra caminho para negociações entre Brasil e Panamá para que seja encontrada uma forma de reduzir as tarifas.
"É um bom negócio para os dois lados, pois hoje o Panamá deixa de receber grande parte dos navios de grãos brasileiros com destino à China por conta da inexistência de um acordo tarifário", disse Luciana Guerise, diretora-executiva da ATP, em comunicado enviado à Reuters.
A ATP disse que a proposta deve ser feita pelo Ministério da Agricultura do Brasil ao Ministério de Relações Exteriores do país, que seria responsável por negociar os termos com as autoridades panamenhas.
Nenhum dos ministérios possuía um comentário imediato.
A iniciativa marca um novo o no desenvolvimento de novas rotas de comércio para o Brasil, maior exportador mundial de produtos agrícolas como soja, açúcar, café, tabaco, suco de laranja, carne bovina e frango.
Um o inicial nessa direção foi dado em março do ano ado, quando a Aprosoja, associação de produtores de grãos de Mato Grosso, assinou um acordo de cooperação com a Autoridade do Canal do Panamá.
"Acreditamos que podemos capturar parte dos grãos que deixam Mato Grosso e chegam ao Norte do Brasil", disse à época Jorge Quijano, presidente executivo do Canal. "O Canal do Panamá seria uma opção para o produto chegar à Ásia, especialmente à China."
0 comentário 176t6r

ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Peru busca reunião de alto nível com China e Brasil para avançar em ferrovia bioceânica

Apesar da queda nos preços do petróleo, colheita do milho safrinha deve ser marcada por fretes elevados

Frete tem nova queda em abril com leve recuo de 0,14%, mostra Edenred Frete

Alckmin destaca importância da Ferrogrão para aumentar o escoamento da produção agrícola

Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre