Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio" 9611l

Publicado em 30/05/2025 13:42 e atualizado em 30/05/2025 15:02
Veja imagens das manifestações; securitização das dívidas é pleito central e ainda não foi aprovado

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Centenas de produtores rurais do Rio Grande do Sul continuam mobilizados por todo o estado nesta sexta-feira, 30 de maio de 2025, mesmo depois da aprovação pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) da prorrogação das dívidas dos produtores rurais. Afinal, como explicou o senador Luiz Carlos Heinze, a medida não é eficiente e as notícias trouxeram "mais frustração do que alívio". 

"A tão aguardada resolução do CMN foi publicada, mas veio cheia de restrições. As manifestações continuam e não vamos recuar até que o grito de socorro dos nossos produtores seja ouvido", afirma o senador, direto de um dos pontos de manifestação no Rio Grande do Sul. Veja a declaração completa:

 

Veja imagens dos mais de 60 pontos de mobilização por todo o estado do Rio Grande do Sul:

Com uma forte adesão dos caminhoneiros, o protesto está trancando o estado, com a permissão de agem apenas para veículos como caminhões com cargas vivas, ambulâncias, viaturas, caminhões de leite e demais perecíveis. Assim, há diversos pontos trancados em estradas por todo o Rio Grande do Sul. 

Além do apoio dos caminhoneiros, os atos têm também o apoio do comércio, da indústria e da sociedade civil como um todo. 

Veja mais fotos e vídeos:

As manifestações foram iniciadas no dia 13 de maio, e como adiantado pelo setor, não tem data para terminar. A desmobilização só se dará quando medidas efetivas, que atendam na prática o pleito dos agricultores, que há mais um ano pedem socorro às esferas governamentais, sem serem atendidos. 

Segundo explica o advogado especialista em agronegócio, Francisco Torma, o manual do crédito rural já conta com diretriz de autorização às instituições financeiras para a prorrogação de dívidas desde que comprovadas as dificuldades para o cumprimento dos compromissos financeiros por parte dos produtores rurais. 

"Ela não é uma resolução como a do ano ado quando saiu devido às enchentes, porque no ano ado foram criadas novas modalidades. Então tinha a regra geral do manual do crédito rural e essas novas ferramentas. Então, essa resolução não é como as resoluções do ano ado, ano das enchentes, em que criou-se novas formas de prorrogar o crédito rural", diz. 

A resolução aprovada nesta quinta-feira (29), pelo CMN, altera algumas regras do manual do crédito rural, tendo sendo sinalizado pelos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Fernando Haddad, da Fazenda, deixando evidente que nenhuma nova ferramenta foi desenvolvida para atender aos produtores gaúchos. 

E estes novos critérios para as ferramentas já existentes, como explicou Dr. Torma, apenas atrapalhou ainda mais o desenvolvimentos dos trabalhos de prorrogação. Acompanhe sua explicação completa:

 

Sobre o voto do CMN, Arlei Romeiro, diretor financeiro da APER (Associação dos Produtores e Empresários Rurais do Rio Grande do Sul), "essa é apenas uma medida paliativa e não resolve de fato. O que resolve é a securitização. A gente precisa que este projeto tramite o mais célere possível nas duas casas do Congresso Nacional e vá à sanção presidencial para podermos ter uma solução definitiva para essa questão que estamos enfrentando de endividamento do agro gaúcho". 

Romeiro complementa dizendo que, por mais que as adversidades climáticas foram as principais causadoras de todo este caos entre os produtores rurais do estado, mas as práticas ilegais que vêm sendo cometidas pelas instituições financeiras são mais um ponto de atenção e de necessidade de solução, "as quais estão deixando de cumprir da legislação como um todo".

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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