Soja: Preços em alta, com demanda aquecida e redução das condições das lavouras americanas, por Miguel Biegai da OTCex Grupo 115460
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Bom dia. Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam em ligeira alta nesta terça-feira (18/07). O contrato de entrega em novembro/17 vai trabalhando com 10 centavos de valorização, sendo cotado neste momento (06:30 da manhã horário de Brasília) a US$ 1008,25 cents/bushel. O volume de negócios é relativamente forte, com 32 mil contratos negociados durante o início da noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira. Considerando que uma boa parte dessa movimentação é de operadores asiáticos (pela diferença de fuso horário), é possível que alguns compradores finais estejam tentando fazer hedge (proteção) de suas compras físicas. "Também impressiona a forte alta do preço do milho nesta madrugada.
O mercado está reagindo ao relatório “crop progress” que apresentou nova queda das condições das lavouras americanas. Apesar de alguns operadores esperarem queda de até 2% nas condições boas a excelentes, o recuo de mais 1% vai confirmando o viés de descréscimo da situação do desenvolvimento da safra 17/18 de soja, na medida em que vamos adentrando profundamente o período crítico de formação da produtividade final. Agora, as condições boas a excelentes, somadas estão em 61% (14% excelentes e 57% boas). No entanto, os estados mais importantes para a produção estão com condições excelentes próximas a 10%, apenas, o que é bem inferior ao observado no mesmo período do ano ado. Em 2017, no mesmo período, as condições das lavouras estavam em 72% entre boas a excelentes, e com os estados mais importantes com condições excelentes beirando os 20%, e as condições boas perto de 60%.
Mas 2016 foi um ano fora da curva, e que dificilmente será repetido em termos de produtividade, pois o clima foi praticamente perfeito do início até quase o fim do desenvolvimento dos cultivos, fazendo com que a soja expressasse quase todo o seu potencial genético produtivo. 2017 caminha mais para ser um ano de safra regular para boa.
No entanto, o consumo está bem forte. Já há alguns operadores acreditando que a China pode importar acima de 95 milhões de toneladas nessa safra 2017/18. E este fator também vem dando sustentação ao mercado.
Os mapas climáticos mudaram pouco. Inclusive até melhoraram ligeiramente na previsão de 6 a 10 dias, mostrando um alargamento da área de chuvas para o período de 23 a 27 de julho. Porém, as temperaturas continuam elevadas.
Graficamente, o novembro/17 respeitou bem o seu e em 993, e conforme comentamos no relatório de ontem, está mesmo se armando um movimento moderado de alta por alguns dias, salvo surgimento de chuvas abundantes nos mapas de previsão climática.
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