Açúcar recua mais de 2% em NY e Londres nesta 3ª com pressão do petróleo 3a1a28
3c30x
Os contratos futuros do açúcar encerraram esta terça-feira (29) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão do petróleo em meio sinais de progresso nas negociações entre a Rússia e Ucrânia e ajustes técnicos.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 2,45%, cotado a US$ 19,11 c/lb, com máxima de 19,60 c/lb e mínima de 18,84 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento caiu 2,52%, negociado a US$ 540,80 a tonelada.
A queda expressiva do petróleo nesta terça-feira voltou a respingar sobre o açúcar nas bolsas externas. Durante o dia, negociadores de Rússia e Ucrânia realizaram uma nova rodada de negociações para colocar fim na guerra de semanas.
A Rússia prometeu reduzir drasticamente suas operações militares e a Ucrânia propôs um status neutro com garantias de segurança internacional, segundo a agência de notícias Reuters.
Além disso, há temores com a alta no número de casos da Covid-19 na China, o que fez com que o governo anunciasse novos isolamentos. Esse cenário deve reduzir a demanda por combustíveis no maior importador global de petróleo.
"Os preços do petróleo estão novamente sob pressão devido às expectativas das negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, o que pode levar a um afrouxamento das sanções", disse à Reuters Hiroyuki Kikukawa, gerente geral de pesquisa da Nissan Securities.
O petróleo é importante para o mercado porque as usinas tem a opção de produção de açúcar ou etanol, com base no que for mais rentável. A troca na presidência da Petrobras também é acompanhada atentamente pelo mercado.
"Provavelmente o (novo presidente da Petrobas) tentará manter os preços dos combustíveis congelados ou baixá-los", disse um negociante para a Reuters, acrescentando que a medida também pesaria nos preços do açúcar.
O mercado do açúcar também sentia pressão de um movimento de realização de lucros ante altas recentes. Além disso, seguem as estimativas positivas para a nova safra do Centro-Sul do Brasil, que começa em abril. As origens asiáticas também têm boa produtividade.
Segundo a Reuters, a Índia pode colocar um limite de 8 milhões de toneladas para o ano até o final de setembro. Até o momento, há informações de as usinas já fixaram exportação de cerca de 7 milhões de t do adoçante.
MERCADO INTERNO
O patamar de R$ 140 a saca de açúcar cristal foi renvoado no país em meio reaquecimento da demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou estável, negociado a R$ 140,00 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,38 a saca com alta de 2,04%, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,75 c/lb com queda de 0,10%.
0 comentário 176t6r

Índia prevê produção maior e preços internacionais do açúcar caem

Açúcar/Cepea: Indicador cai 7% em maio

Açúcar: Preços caem com perspectiva de aumento de 19% na produção da Índia

Etanol e gasolina encerram maio em queda na comparação com abril, aponta Edenred Ticket Log

Mercado do açúcar se recupera, mas ainda opera sob pressão de ampla oferta global

Açúcar fecha em alta nesta 6ª feira (30) mas encerra semana com variação negativa