Café na Bolsa de Nova York tem dia de alta expressiva, mas operadores seguem atentos à safra no Brasil 635e36
O mercado do café, que oscilou bastante nos últimos dias, registrou variações mais expressivas nesta terça-feira, de até 235 pontos, o que não tem sido muito comum na Bolsa de Nova York.
Fernando Maximiliano, analista de mercado da INTL FCStone, afirma que não existe nenhum motivo especial para o aumento nas cotações. "Predominantemente, a gente tem resultados de fatores técnicos. Se a gente for observar, por exemplo, a cotação do dólar hoje vê um forntalecimento do real em relação ao dólar. Ele está caindo durante a sessão e isso dá e aos preços em Nova York", afirma.
O analista explica ainda que a proximidade do mês de dezembro, vencimento do próximo contrato, também influencia diretamente na reação do mercado, com rolagens de posições. As previsões de tempo no Brasil têm sido fatores destacados diariamente na imprensa internacional. Maximiliano destaca que o mês de setembro teve clima seco, o que gerou uma grande preocupação .
As chuvas de outubro, que resultaram em grandes floradas, trouxeram ao mercado a sensação de que a próxima safra será boa. "Logo depois em outubro o clima voltou a ficar quente, deixando o pessoal preocupado e agora a gente está vendo de novo previsões de chuvas para essa semana", afirma o analista. Segundo Maximiliano, já tem um tempo que o mercado não apresenta novidades e que por isso, com altas e quedas técnicas frequentes.
Para os próximos dias, ele reforça que um dos pontos que os cafeicultores precisam estar atentos é a questão envolvendo os estoques fora do Brasil. Segundo o analista, os estoques no exterior estão elevados, mas após a última colheita foi notado uma queda nos estoques certificados de Nova York.
Maximiliano reforçou que no próximo dia 15 será divulgado o relatório com a quantidade de estoque de café nos portos americanos. "É um fundamento muito importante porque se a gente ver um incremento de novo nos estoques, pode ser um fator baixista, mas se a gente ver que não está sendo tão grande, poderia ser um e", explica.
Segundo a OIC (Organização Internacional do Café), em setembro foi registrada uma queda de 3% nas exportações globais do grão. O analista destaca que o Brasil tem uma representação muito grande, tendo em vista que atualmente é o maior produtor e exportador de café do mundo.
"Essa safra foi uma safra menor que ano ado, o que é uma característica natural, o que também impactou no número de exportação mundial", afirma. Fernando falou ainda sobre outros motivos para a queda de exportação registrava pela OIC.
Para os próximos dias, o analista acredita que é importante continuar acompanhando também as questões cambiais, assim como levar em conta as oscilações também registradas no mercado interno, que consequentemente acompanham o exterior.
Confira a entrevista completa no vídeo acima
1 comentário 5j4y3

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Carlos Rodrigues 20/11/2019 17:52 4k634o
O tal Maximiliano da dita stone mostrou verdadeiramente a cara para quem lhe paga não deixa duvidas ..pela conversa o aumento de preços não tem fundamento ...a próxima safra deve ser recorde...