Seca e altas temperaturas castigam lavouras de milho safrinha cultivadas fora da janela em Querência (MT) 6g244s
Por conta da falta de chuvas, os produtores rurais seguem preocupados com as lavouras de milho safrinha na região de Querência/MT. Tendo em vista, que a maior parte das áreas foi cultivada fora da janela ideal de plantio.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Frizzo, a semeadura do cereal iniciou em fevereiro e se estendeu até março, na qual a cultura está atualmente em fase de pendoamento. “Cerca de 60% foi plantada fora da janela e isso é o nosso maior problema, sendo que as preciptações foram generalizadas até o dia 24 de abril e já estamos praticamente com 15 dias sem chuvas significativas”, ressalta.
Além da baixa umidade no solo, as altas temperaturas também estão afetando o desenvolvimento das plantas. “Nos outros anos, as condições climáticas não eram tão altas e essa temporada o clima está muito quente e atingindo temperaturas entre 33 º C a 35 º C, que é muito ruim para o milho”, afirma.
A expectativa para este temporada é que a produtividade fique abaixo da média, sendo que em anos que o clima contribuiu o rendimento chegou a 100 sacas do grão por hectare. “Com certeza, nós não vamos conseguir atingir esses patamares nesta safra e não tem previsões de chuvas para os próximos dias”, pontua.
Ainda segundo a liderança, o seguro agrícola não cobre os prejuízos quanto às áreas foram cultivadas fora da janela ideal. “O produtor é um empresário que investe e acredita, mas o seguro na nossa região é algo que tem que ser repensado”, diz.
Comercialização
Em função da estiagem na localidade, os agricultores estão cautelosos para fechar novos negócios. Apesar desse cenário, as referências para o milho subiram e a saca está cotada entre R$ 22,00 a R$ 23,00. “Os produtores estão esperando a colheita para começar a vender, pois realizar novas comercializações pode complicar ainda mais a vida do agricultor”, finaliza.
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Rafael Messias Castro Goiânia - GO 09/05/2018 07:45 19161f
É complicado, mas o produtor precisa se acostumar com a contratação do seguro. Não dá mais pra ficar arriscando, os investimentos são cada vez maiores e o clima cada vez mais instável. O seguro deve ser encarado como custo de produção.