Os futuros da soja fecharam a sessão desta segunda-feira (9) em campo positivo. Os ganhos entre os principais vencimentos ficaram entre 2,50 e 4 pontos, com o julho/15 cotado a US$ 3,96 por bushel. À espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado ou por uma recuperação - depois das baixas dos últimos dias - e com os investidores buscando um bom posicionamento antes do relatório. Bons ganhos no mercado do trigo também contribuíram. t5y5b
As expectativas dos traders apontam para uma reduação nos estoques finais norte-americanos do cereal de 49,72 para 49,59 milhões de toneladas. Já os estoques finais globais devem ser mantidos em 189,6 milhões de toneladas. O que se espera ainda são revisões nos números da safra brasileira - de 75 milhões de 74,6 milhões de toneladas - e para a Argentina - de 23 milhões para 23,3 milhões de toneladas.
No entanto, para Bob Burgdorfer, analista de mercado e editor do site norte-americano Farm Futures, fatores técnicos devem ser os principais guias para esse mercado daqui em diante, até que se conheça as primeiras projeções oficiais para a safra 2015/16 dos EUA. As indicações mostram uma possibilidade de redução de área, produção e estoques para o cereal na próxima semana e, ao se confirmarem essas expectativas, o mercado poderia ser favorecido.
"Fatores técnicos devem guiar os negócios até que haja um melhor entendimento e confirmação das intenções de plantio da safra 2015/16 dos EUA", disse.
Outro fator de e para as cotações nesta segunda-feria foram os números dos embarques semanais de milho dos EUA, que ficaram acima das expectativas para a semana que terminou em 5 de março.
Os embarques de milho totalizaram 1.180,686 milhão de toneladas, contra 1.281,604 milhão da semana anterior. O mercado projetava um volume entre 300 mil e 1,09 milhão de toneladas. Os EUA já embarcaram, em todo o ano comercial, 19.767,306 milhões de toneladas, número que fica em linha com o registrado no mesmo intervalo do ano comercial 2013/14 de 18.949,229 milhões de toneladas.
Mercado Interno e BM&F
Na BM&F, os preços do milho também fecharam o dia em alta. Os contratos mais negociados subiram entre 0,98 e 1,94%, com a tentativa de buscarem os R$ 30,00 por saca, valor que tem sido praticado nos portos brasileiros. O maio/15 terminou o dia com R$ 29,48 e o setembro/15 valendo R$ 29,98/saca.
Os ganhos foram motivados principalmente, segundo analistas, pela alta de mais de 2% do dólar frente ao real nesta segunda-feira. A moeda norte-americana fechou o dia subindo 2,39% e cotada a R$ 3,1297, registrando a maior alta semanal desde a crise financeira de 2008 e com a maior cotação desde 22 de junho de 2004.
"Não tem nenhum vendedor (de dólares) no mercado. Quem vir motivos pontuais para explicar essa alta está chutando, a verdade é que há um pânico generalizado", disse o operador de um importante banco nacional" à agência de notícias Reuters.
E foi essa mesma alta do dólar que fez com que o preço do milho no porto de Paranaguá subisse para R$ 31,00 por saca, entrega outubro/15, com alta de mais de 3%. No interior do país, apesar desse cenário no mercado futuro e de portos, o dia foi de estabilidade e manutenção dos preços.
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